quarta-feira, 18 de maio de 2016

Reforma Ministerial de Temer, de 39 para 12 Ministérios.


Artigo Chester NEWS. 18.05.2016.  Área Temática: Política Nacional e Estratégia Nacional.

Estudo sobre a Reforma Ministerial de Temer: Daria para diminuir de 23 para apenas 12. Estudo comparativo de Ministérios da República Federativa do Brasil, Estados Unidos da América e Reino Unido.



Escrito por Chester Martins Pelegrini[1]

Houve uma polêmica recente com o fechamento do Ministério da Cultura (Minc) que gerou protestos de artistas até em outros países como no conhecido festival de Cannes[2] na França contra um possível golpe de Estado, referindo-se e ao processo legítimo de impeachment, foram motivados principalmente pela reforma ministerial proposta por Temer para melhorar a eficiência do Governo e enxugar a estrutura Estatal do país.

Como tenho interesse sobre o assunto realizei um pequeno estudo (uma pequena pesquisa) comparativo entre o Brasil os Estados Unidos e o Reino Unido em 2013 e como este tema está em alta resolvi escrever este pequeno artigo baseado na pesquisa que realizei.

Tanto os Estados Unidos da América quanto o Reino Unido possuem um governo muito eficiente e por isso escolhi os países como modelos.

O resultado baseado nos nossos Ministérios acabou sendo de que daria para diminuir de 24 Ministérios, para apenas 12, numa versão mais radical.

Os EUA possuem apenas 15 ministérios e o Reino Unido tem 18. Em reportagem da revista Exame[3] indagando se era melhor ter 39 ou 10 ministérios, mostrava que o Brasil tinha 39 ministérios em 2013.

Eles fazem um pequeno histórico do número de ministérios em nossa história:

O Brasil estreou a República com poucos ministérios. O marechal Deodoro da Fonseca estruturou seu governo com oito pastas. Na República Velha, tivemos, em média, nove ministérios, que viraram dez com Getúlio Vargas e 11 com Juscelino Kubitschek. No final do regime militar, João Figueiredo governava com 16 ministros. Com a redemocratização — e premido pela necessidade de acomodar com cargos o arco de alianças políticas que o apoiava —, Tancredo Neves desenhou uma Esplanada com 23 ministérios. Que viraram 31 com José Sarney, 34 no segundo governo de Fernando Henrique Cardoso e 38 com Luiz Inácio Lula da Silva. O ex-presidente Fernando Collor, que se elegeu em 1989 prometendo cortar a máquina herdada de Sarney, até operou com 17 ministérios. Mas complementou a equipe com 13 secretarias ligadas à Presidência. Ou seja, 30 nomes no primeiro escalão.[4]

É muito ministério, sem dúvida, outra reportagem de 2014 do Diário do Poder relatou que o Brasil tinha mais ministérios que o Chile e os EUA somados[5].

Sobre o Estudo que realizei comparativo dava para se criar apenas 12, o primeiro seria um “super ministério” composto de:

1.    Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Desenvolvimento Agrário (MDA), Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Meio Ambiente (MMA), Minas e Energia (MME), Pesca e Aquicultura (MPA);

Seriam aglutinados 6 (seis) Ministérios em apenas um. O bom desse “super ministério” seria juntar Agricultura, Desenvolvimento Agrário, Combate a fome, Pesca e Aquicultura, e Minas e Energia. Isto porque todos estes assuntos estão interligados de certa forma.

Geralmente há embates entre o ministério da agricultura e meio ambiente, por exemplo. E o de Minas e Energia, também, como foi no caso do desastre ambiental em Minas Gerais de Mariana, que é causado por uma indústria de Mineração, Samarco da Vale do Rio Doce.

Um “super ministério” destes poderia coordenar várias políticas de forma mais eficiente. O combate a fome, por exemplo, depende de ações na agricultura e abastecimento, e também entre a pesca e aquicultura.

No segundo caso 3 (três) ministérios virariam um só, Planejamento, Cidades e Integração Nacional.

2.    Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG), Cidades (Mcidades) e Integração Nacional (MI);

Com a junção destes três ministérios a gestão das cidades e integração nacional ficaria ligada juntamente com o planejamento e orçamento, ou seja, traria mais integração nacional na prática, pois os recursos para as cidades já sairiam direto do ministério do planejamento.

Na outra junção, seriam unidos Ciência, Tecnologia e Inovação, com o de Comunicações, que em vários países são unidos, já que as Comunicações geralmente dependem de investimentos em Ciência, Tecnologia e Inovação. São áreas próximas, por isso não há necessidade de separação.

3.    Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e Comunicações (MC);

Outro “super ministério” consistiria na junção de 3 (três) ministérios que também atuam melhor em conjunto do que em políticas separadas seria a junção da Cultura (Minc), Turismo (MTUR) e Transportes (MT) que são juntos em diversos países.

Grandes eventos culturais como as olimpíadas, por exemplo, precisam de organização cultural, e o Turismo é responsável por organizar os eventos, conversar com setor privado hoteleiro por exemplo, e o setor de Transportes são responsáveis de certa forma em transportar os turistas, em vários países eles são juntos, o que traz uma eficiência melhor para os respectivos setores, não gerando políticas contraditórias entre os ministérios.

4.    Cultura (MinC), Turismo (MTUR) e Transportes (MT);

Outra grande junção seria o MRE (Ministério de Relações Exteriores/Itamaraty) com o Ministério da Defesa (MD). É assim, por exemplo, nos Estados Unidos da América.

Auxiliaria na prática missões no exterior do Ministério da Defesa, como a missão das nossas forças armadas no Haiti. Se Defesa e Relações Exteriores fossem unidos numa única pasta, até nossa política externa poderia ser mais bem coordenadas, e mais uma vez, evitando decisões contraditórias entre nossas forças armadas e as relações internacionais.

5.    Relações Exteriores, (MRE) e Defesa (MD);

Estes outros Ministérios pela importância e especificidade poderiam continuar sozinhos e independentes:

6.    Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC);
7.    Educação (MEC);
8.    Esporte      (ME);
9.    Justiça,      (MJ);

Outro Ministério que é integrado em vários países trata-se de Trabalho e Emprego (TEM) e Previdência Social (MPS) devido à interligação dos assuntos. Os trabalhadores depois de suas vidas produtivas costumam se aposentar, e as políticas poderiam ser mais bem coordenadas quando numa única pasta.

10.                      Trabalho e Emprego (MTE) e Previdência Social, (MPS);

Mais dois ministérios que justificam sua existência independente são Saúde (MS) que não tem semelhança com nenhum outro assunto, e o da Fazenda (MF) responsável por gerir a Economia do país.

11.                      Saúde (MS);
12.                      Fazenda (MF);

Sabemos que a política nem sempre permite implementar todas as melhores decisões. Mas se tivéssemos uma estrutura mais enxuta, nosso Governo Federal poderia muito bem prestar serviços públicos, e implementar políticas públicas de uma maneira muito mais coordenada, eficiente e economizando recursos públicos escassos valiosos para nossa população.

Ter poucos Ministérios, não é achar que alguns assuntos não são importantes, a Cultura (Minc) realmente é importante para um país, mas os EUA, por exemplo, dominam a cultura mundial praticamente e não possuem um ministério para isso. Toda a produção cultural é financiada e os riscos assumidos pelo setor privado. Se eu quero investir bilhões num filme, os produtores assumem os riscos no mercado. E os que realmente são talentosos obtêm recursos com o lucro legítimo.

O capitalismo pode ter um lado obscuro, mas premia o mérito de forma totalmente descentralizada, com cada um assumindo os próprios riscos de suas ações.

Ter menos ministérios é uma questão de eficiência e de prioridade. É um conceito de administração que administrar é escolher prioridades. Ninguém é um bom administrador se achar que tudo é prioridade. Os recursos são escassos, e é preciso fazer escolhas. Só alguns ministérios conseguem passar no "teste" a justificar ter uma mega estrutura própria utilizando recursos valiosos do contribuinte.

Que me desculpem os atores e artistas revoltados, mas, no capitalismo só os que têm verdadeiramente talento é que merecem receber o lucro e quem decide isso é o público, que decide se vai aos shows, vão ouvir suas músicas ou assistirem aos seus filmes.

Deixem o Estado se concentrar em coisas mais urgentes, como Saúde, Educação, Justiça e Segurança Pública que são as verdadeiras prioridades e grandes problemas da nossa nação e duvido que alguém ache que nosso Governo prestem melhores serviços públicos que os EUA ou o Reino Unido.



[1] Escrito por Paulo Eduardo (Chester) M. Pelegrini. Graduado em Direito e pós-graduado em Direito Tributário (Instituto LFG). Estuda por conta própria Economia há mais de 15 anos (autodidata). Autor dos livros: Capitalismo Trabalhista (Ideologia de centro) PELEGRINI, Chester Martins. Capitalismo Trabalhista. Santos. São Paulo. 2013. Disponível a venda na Amazon em: http://www.amazon.com/Capitalismo-Trabalhista-Portuguese-Edition-Pelegrini-ebook/dp/B00V0V4C4I  Acesso em 6 nov. 2015. e Chave de Davi o Deus de Abraão (profecias bíblicas, filosofia da religião) PELEGRINI, Chester Martins. A Chave de Davi o Deus de Abraão. O Reino Milenar de Jesus após o Juízo Final. (1095-2355). Santos. São Paulo. 2013. Disponível a venda na Amazon em: http://www.amazon.com.br/Chave-Davi-Deus-Abra%C3%A3o-1095-2355-ebook/dp/B00UY8VC32 Acesso em 6 nov. 2015. ambos a venda naAmazon.br. O autor é escritor por hobbie e também inovador. Criou três inovações na área de TI, um chamado Linkode® (pagamento via celular com códigos de barras)https://gru.inpi.gov.br/pePI/servlet/PatenteServletController?Action=detail&CodPedido=765640&SearchParameter=MU%208803246-9, patente na qual foi depositada no INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) em 2008 sob o número: MU 8803246-9 o outro Mimbdstar© (Manual de Instruções Multimídia de Bens Duráveis) utilizado em grandes multinacionais na década passada de 2.000 registrado como propriedade intelectual noUS Copyright Office http://mimbdstar.blogspot.com.br/. E atualmente do aplicativo de celular Gownow© de Comércio Eletrônico do qual é detentor dos Copyrights (Direitos Autorais, ou seja, da propriedade intelectual) Disponível em: http://gownowapp.blogspot.com.br/ Atualmente o autor escreve o livro: O desafio do século XXI – governo único mundial - estado federalista mundial: uma proposta política ou utopia social? Introdução disponível em: http://governofederalistamundial.blogspot.com.br/. Lançamento provável 2019 na Amazon.

[2] Portal Terra. Artistas brasileiros em Cannes protestam contra impeachment. 17 mai. 2016. Disponível em: http://noticias.terra.com.br/brasil/politica/impeachment/artistas-brasileiros-em-cannes-protestam-contra-afastamento-de-dilma,4bc38bf923aae8df8a3232327c7acd97pfack8w1.html Acesso em 18 mai. 2016.
[3] Revista Exame. É melhor o Brasil ter 39 ministérios ou 10?. 01 abr. 2013. Disponível em: http://exame.abril.com.br/revista-exame/edicoes/1038/noticias/tamanho-nao-e-documento Acesso em 18 mai. 2016.
[4] Ibi Idem 3.

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