quarta-feira, 17 de maio de 2023

Felicidade: o que é afinal? É só um conceito impossível de ser alcançado? Ou é algo real e tangível, ou seja, alcançável por nós seres humanos? Qual sua opinião?

Artigo Chester NEWS Especial - Filosofia - Por que é tão difícil ser feliz? Existe um conceito mais próximo do ideal do que seja a felicidade? Propomos um conceito próprio ao final.

 

Artigo Chester NEWS Especial - Felicidade: o que é afinal? É só um conceito impossível de ser alcançado? Ou é algo real e tangível, ou seja, alcançável por nós seres humanos? Qual sua opinião?




Imagem feita por I.A. Dall-E 2 em 17.05.2023



Escrito por Chester Martins Pelegrini (Conceitos de Felicidade foram resumidos pelo ChatGPT versão 3.5 em 18.05.2023).


Editor Chefe do Blog independente Chester NEWS[1]




A busca pela Felicidade é algo que para muitos de nós é a coisa mais importante a ser realizada enquanto temos tempo de vida. Há diversos conceitos diferentes e vários deles têm algo em comum: ele varia de pessoa para pessoa. Para uns ter poder, status, riqueza, beleza e fama é algo que traria felicidade, já para outros não ter status, ser pobre, não ter poder algum nem ser bonito ou ter fama (ser anônimo) seria felicidade.


John Rockefeller um dos homens mais ricos do país mais rico do mundo disse que se um homem tem dez dólares em sua carteira e é feliz só com isto, eis aí um homem rico e satisfeito (feliz). Ou seja, para alguns ser feliz é ter gratidão pelo que tem.


Mas outros não concordam com esta definição pois a maioria dos seres humanos são insatisfeitos e para piorar a situação suas necessidades mudam conforme o tempo se passa, os objetivos mudam, a pessoa que te fazia feliz já não faz mais, o carro que você comprou com tanta alegria já não te satisfaz, os amigos que antes era sinônimo de felicidade hoje só te desrespeitam.


A felicidade é tão difícil justamente porque nós também estamos sempre num fluxo contínuo de mudanças. Mudamos nosso jeito de ser, nossas metas, mudamos as vezes até sem querer mudar por fatores totalmente aleatórios e contra nossa própria vontade.


Abaixo estão 15 conceitos famosos sobre felicidade e iremos abordar rapidamente cada um deles, Vamos pedir ajuda aos universitários (e neste caso os maiores do mundo em alguns casos):



Eudaimonia (Aristóteles): A felicidade é alcançada por meio da busca do bem-estar e da realização de nosso potencial humano.


Hedonismo (Epicuro): A felicidade é obtida através da busca do prazer e da ausência de dor.


Utilitarismo (John Stuart Mill): A felicidade é maximizada quando se busca o maior bem para o maior número de pessoas.


Princípio da Utilidade (Jeremy Bentham): A felicidade é alcançada ao maximizar a quantidade de prazer e minimizar a quantidade de dor para o maior número de pessoas possível.


Tranquilidade (Sêneca): A felicidade é alcançada através da virtude, da aceitação e do equilíbrio emocional.


Serenidade (Epicteto): A felicidade é encontrada através do controle interno sobre as emoções e da aceitação das circunstâncias externas.


Amor Fati (Nietzsche): A felicidade é alcançada através da aceitação e amor pelas circunstâncias da vida, incluindo os aspectos dolorosos.


Ataraxia (Pirro de Élis): A felicidade é alcançada através da suspensão de julgamento e da ausência de perturbação emocional.


Felicidade como ausência de desejos (Buda): A felicidade é alcançada ao superar os desejos e encontrar a paz interior.


Felicidade como estado de fluxo (Mihaly Csikszentmihalyi): A felicidade é experimentada quando estamos completamente imersos em uma atividade desafiadora e significativa.


Felicidade como senso de propósito (Viktor Frankl): A felicidade é encontrada quando encontramos um sentido e um propósito para nossa vida.


Autenticidade (Søren Kierkegaard): A felicidade é alcançada através do autoconhecimento e da autenticidade em relação a si mesmo.


Virtude (Platão): A felicidade é alcançada através da prática de virtudes morais e da busca da sabedoria.


Aristocracia interior (Arthur Schopenhauer): A felicidade é alcançada através da busca do conhecimento, da arte e da renúncia aos desejos mundanos.


Nirvana (Buda): A felicidade é alcançada ao atingir a iluminação espiritual e a libertação do ciclo de renascimentos.



Vamos analisar cada um deles e ver se eles nos ajudam em algum aspecto:



Eudaimonia (Aristóteles): A felicidade é alcançada por meio da busca do bem-estar e da realização de nosso potencial humano.


Aristóteles um dos homens mais inteligentes do mundo, um dos pais da civilização ocidental diz que a felicidade é alcançada por meio da busca do bem-estar e da realização do nosso potencial humano. 


Ou seja, ele liga a felicidade a você se sentir bem consigo mesmo e em alcançar todo seu potencial. Esta definição é boa, mas há relatos de pessoas que não buscam excelência em nenhuma área da vida, em palavras nuas e cruas, tem uma vida totalmente abaixo de seu potencial e são plenamente felizes, ou seja, com todo respeito ao nosso amigo fundador do Ocidente, há controvérsias grandes em sua definição pois de outra forma só pessoas bem sucedidas e satisfeitas seriam felizes, e há pessoas que não buscam absolutamente nada e também são felizes.


Hedonismo (Epicuro): A felicidade é obtida através da busca do prazer e da ausência de dor.


Já para Epicuro um dos filósofos expoentes do Hedonismo diz que a felicidade é termos o máximo de prazer o mínimo de dor. Realmente esta definição é interessante e útil, mas há pessoas ricas, com tempo disponível, que desfrutam dos melhores restaurantes, das melhores viagens, fazem verdadeiras orgias e festas inacabáveis com muito sexo e drogas lícitas e ilícitas (somos contra as drogas de maneira geral), e mesmo assim algumas delas mesmo com a vida repleta de "prazer" as vezes se suicidam, o que prova que o prazer é importante para a felicidade mas este conceito também é contestável pois há muitas pessoas com excesso de prazer em suas vidas e ainda sim são depressivas e com instintos suicidas em alguns casos. O prazer com certeza é um fator importante para a felicidade mas não é o único fator.


Utilitarismo (John Stuart Mill): A felicidade é maximizada quando se busca o maior bem para o maior número de pessoas.


Este conceito vem de nada menos que o pai da filosofia Utilitarista muito difundida nos países anglo-saxões. Neste caso, a felicidade é quando se busca o bem maior para o maior número de pessoas. Este conceito é muito utilizado na política e economia para nortear ações políticas e econômicas que gerem o maior bem estar possível. Mas este conceito também não é muito útil e é contestável quando se fala no sentido pessoal. Às vezes a felicidade para um indivíduo não tem nada a ver com a felicidade do número maior de pessoas. Este conceito é contraditório pois no ponto de vista individual a minha felicidade na verdade pode se colidir com a felicidade dos outros e você ser feliz pode implicar se chocar com os outros indivíduos e não fazer o maior número de pessoas felizes, muito pelo contrário as vezes pessoas que sentem felicidade em ter poder, às vezes sente satisfação de exercer o poder até contra o interesse de milhares de pessoas só para satisfazer o próprio ego, então esta definição do Stuart Mill não nos ajuda muito.



Princípio da Utilidade (Jeremy Bentham): A felicidade é alcançada ao maximizar a quantidade de prazer e minimizar a quantidade de dor para o maior número de pessoas possível.


Já o filósofo Bentham é um misto do utilitarismo com o hedonismo, ou seja, a felicidade é minimizar a quantidade de dor para um número maior de pessoas e maximizar o prazer para um maior número. Mas como dissemos anteriormente, nem sempre a felicidade individual está de acordo com a felicidade de outros grupos e quem dirá de um grupo inimaginável de pessoas. Por exemplo, para um investidor em títulos públicos do governo o aumento de juros do governo aumenta a renda que ele recebe de juros pelos seus investimentos, mas o aumento de juros deprime toda a economia gerando mais desempregados e fechando diversos negócios levando vários empresários à falência e gerando vários desempregdos. Ou seja, a felicidade do investidor de títulos públicos vai de encontro ao interesse do país em geral.



Tranquilidade (Sêneca): A felicidade é alcançada através da virtude, da aceitação e do equilíbrio emocional.


Já para o famoso filósofo Estóico Sêneca, mentor de Nero um dos Imperadores mais sanguinários da história de Roma, Sêneca foi um dos homens mais ricos de Roma e escreveu várias obras sobre o Estoicismo, uma escola de filosofia grega muito conhecida na atualidade que prega o autocontrole emocional, a resiliência e ignorar emoções negativas e atos externos que possam abalar nosso lado emocional. Na definição de Sêneca ela é alcançada através da virtude, ou seja, não ter vícios nem comportamentos maléficos para si mesmo e para os outros, da aceitação no sentido de aceitar tudo que a vida nos trás e do equilíbrio emocional, que na opinião dos estóicos é não se abalar por absolutamente nada externo a nós. Marco Aurélio em seus famosos diários diz que devemos ser uma rocha onde a água bate e se espalha e ela (a rocha) não se move. Ou seja, não importa o que aconteça ao nosso redor temos que nos mantermos firmes como uma rocha. Mas esta definição antiga é atualmente com os avanços da psicologia um pouco questionável, pois ao contrário dos psicopatas que realmente não tem emoções e não se abalam por absolutamente quase nada, a maioria de nós continuará tendo sentimentos e reagindo aos acontecimentos externos e é praticamente quase impossível parar o fluxo da nossa mente e consciência para que ela não se abale por nada. Podemos fortalecê-la para que seja o mais forte possível, mas há limites nesta abordagem.



Serenidade (Epicteto): A felicidade é encontrada através do controle interno sobre as emoções e da aceitação das circunstâncias externas.



Epicteto foi escravo na Antiguidade por 30 anos e depois virou palestrante famoso da Escola Estóica que citamos anteriormente e muitos escritores famosos de suas palestras e ensinamentos os elevam a um dos maiores estóicos de todos os tempos.


Para ele, a felicidade é encontrada quando controlamos as emoções internas e aceitamos as circunstâncias externas. Mas até este memorável conceito é questionável já que há pessoas que não tem controle sobre as emoções e não aceitam as circunstâncias externas e por incrível que pareça são felizes mesmo assim. E também há casos de pessoas que controlam as emoções e aceitam as circunstâncias externas e mesmo assim são infelizes. Então este conceito apesar de interessante não é tão completo como deveria ser.



Amor Fati (Nietzsche): A felicidade é alcançada através da aceitação e amor pelas circunstâncias da vida, incluindo os aspectos dolorosos.



Já para Nietzsche considerado gênios para uns e louco por outros, um dos maiores filósofos historicamente recentes crítico ferrenho das religiões, de Deus e do Cristianismo que ao final da vida acabou internado em clínicas psiquiátricas acredita que a felicidade é a aceitação e amor pelas circunstâncias da vida incluindo os aspectos dolorosos ou negativos.


Com todo respeito a este grande filósofo esta definição de felicidade não nos ajuda muito, aceitar os aspectos ruins da vida está longe de ser felicidade. É bem contestável esta definição de felicidade pois qualquer pessoa diria que ser feliz é fugir ou ter menos coisas negativas na vida. É uma abordagem interessante mas altamente questionável é ver o lado ruim da vida como algo a ser festejado, mas não deixa de ser uma definição muito controversa.



Ataraxia (Pirro de Élis): A felicidade é alcançada através da suspensão de julgamento e da ausência de perturbação emocional.



A Felicidade para Pirro de Élis tem a ver com a palavra Grega “Ataraxia” seria algo como uma sensação de felicidade permanente enquanto suspendêssemos o julgamento e teríamos ausência de perturbação emocional.  Mas esta definição é questionável também pois há pessoas que gostam de julgar as outras e são perturbadas emocionalmente e ainda sim são felizes, afinal quase todos nós temos perturbações emocionais a vida toda e julgamos a todo tempo e sinceramente muitos de nós consideram a si próprios como felizes apesar das perturbações emocionais constantes que a vida proporciona e os julgamentos (ainda que inapropriados segundo algumas religiões de que não devemos julgar o próximo) fazemos isto o tempo todo e isto não impede totalmente nossa própria felicidade. Desta forma este conceito também não nos satisfaz por completo.



Felicidade como ausência de desejos (Buda): A felicidade é alcançada ao superar os desejos e encontrar a paz interior.



Para um dos maiores profetas que a humanidade já viu, com muitos adeptos principalmente em vários países da Ásia, Buda que prega a iluminação individual, diz que a felicidade é alcançada ao superar os desejos e encontrar a paz interior.


O Budismo diz que grande parte do nosso sofrimento vem dos nossos desejos por coisas e pessoas que são finitas. Ao colocar nossa felicidade em coisas externas (posses, bens, pessoas que amamos, familiares, amigos, etc…) sempre estaremos condenados a sofrer, pois podemos perder estes bens, podemos perder os amigos que tanto cultuamos, familiares que tanto estimamos podem falecer de uma hora para outra e os bens que desejamos podem se degradar e deixar de serem úteis ou interessantes com o passar do tempo. O Budismo diz em outras palavras que tudo neste mundo passa e que buscar felicidade em coisas como estas é pedir para ser infeliz. Para tanto o Budismo dá diversos caminhos para se eliminar os desejos. Ocorre que a psicologia moderna diz que nossos desejos não são totalmente controláveis. Embora algumas pessoas desejam mais coisas que outras, é uma energia mental que sempre estará presente em nossa mente. Não é totalmente possível eliminar por completo nossos desejos ou necessidades. Mesmo que acabemos de tomar um copo de água, é quase certo que em algum momento teremos a mesma necessidade ou “desejo de tomar água” e com certeza podemos até morrer de sede caso não satisfizermos este “desejo”.


Felicidade como estado de fluxo (Mihaly Csikszentmihalyi): A felicidade é experimentada quando estamos completamente imersos em uma atividade desafiadora e significativa.


Para Mihaly a felicidade é como uma espécie de fluxo, só estamos plenamente felizes quando estamos imersos em uma atividade desafiadora e significativa para nós mesmos. Com todo respeito a esta definição há uma pequena confusão entre felicidade e alegria. Estes momentos de fluxo e êxtase são momentos de alegria e não felicidade. Felicidade é um estado de satisfação geral enquanto a alegria são momentos limitados de “felicidade” que duram enquanto dura aquela ação. Por exemplo, o prazer sexual é um momento de êxtase com o orgasmo final, mas o prazer não traz felicidade necessariamente. Se a pessoa se sente feliz tendo muito prazer um só ato sexual não a fará feliz, se a pessoa valoriza o sexo e tem uma vida toda de prazer ela só poderá dizer que é feliz após toda uma vida prazerosa, do contrário estes pequenos momentos de prazer não fazem necessariamente uma pessoa feliz e nem satisfeita. Há por exemplo prostitutas que trabalham com sexo e transam mais de 15 vezes por dia, e muitas delas são infelizes, algumas até usam drogas e até se suicidam. Se felicidade pudesse ser resumida a prazer, as prostitutas seriam as pessoas mais felizes da Terra e não é isto que ocorre na prática para um observador minimamente atento à realidade.Há pessoas por exemplo que são viciadas em sexo e aquilo na verdade se torna uma espécie de tormento para a pessoa que fica presa ao vício pois faz o que está viciada mesmo quando não está a fim de fazer e o faz somente por estar viciada nisto.



Felicidade como senso de propósito (Viktor Frankl): A felicidade é encontrada quando encontramos um sentido e um propósito para nossa vida.


Para Viktor Frankl a felicidade tem a ver com encontrar um sentido e propósito para nossa vida. Esta definição é uma das mais interessantes mas ainda é falha. É muito importante achar um propósito para nossa vida e realmente nos sentimos mais plenos e cheios de vida quando fazemos o que gostamos e temos afinidade. Mas há muitas pessoas que fazem o que gostam e encontram um propósito que dão sentido para suas vidas e mesmo assim não são felizes. Às vezes no final da vida a pessoa se arrepende do que fez. Por exemplo, para uma pessoa romântica que valoriza a família talvez fazer 50 anos de casado, cifra que só 1% dos casais chegam dá um sentido e um propósito para a vida da pessoa. Mas esta pessoa pode alcançar esta “meta” ou propósito e ao mesmo tempo se arrepender. Chegar a conclusão que não valeu a pena o que se dedicou. Um soldado por exemplo pode ver propósito em dar sua vida pelo seu país e ao estar morrendo de fato em uma guerra pelo seu país se arrepender em seu último momento de vida. Então por mais que esta definição chegue perto ela não é completamente satisfatória. Até porque algumas pessoas podem não alcançar seus propósitos ou por não terem competência, às vezes por falta de sorte ou pelas metas serem impossíveis de serem alcançáveis.



Autenticidade (Søren Kierkegaard): A felicidade é alcançada através do autoconhecimento e da autenticidade em relação a si mesmo.


Outro grande peso pesado da filosofia Kierkegaard, um dos filósofos mais admirado por muitos que atuam na área de filosofia, diz que felicidade é alcançada através do autoconhecimento e da autenticidade em relação a si mesmo. Até agora é um dos conceitos do qual mais nos aproximamos e é o mais próximo da nossa definição que consideramos a mais ideal que daremos ao final. Afinal a felicidade varia de pessoa para pessoa, se você não souber o que te faz feliz nunca saberá de fato se alcançou a felicidade. A questão da autenticidade em relação a si mesmo também é importante pois para ser feliz é mais importante agradarmos a si mesmos e sermos autênticos em relação a nós mesmos. Mas ainda assim esta definição deixa a desejar porque mesmo nos conhecendo e sendo autênticos isto não quer dizer que conhecer a si mesmo nos leva a felicidade pois podemos saber o que nos faz felizes e mesmo assim estarmos longe do que consideramos felicidade e ser autêntico será muito menos útil ainda neste caso. Seremos um "autêntico infeliz" neste caso específico.



Virtude (Platão): A felicidade é alcançada através da prática de virtudes morais e da busca da sabedoria.


Para Platão, outro filósofo de peso que dispensa apresentações diz que a felicidade é alcançada pela prática de virtudes morais e a busca da sabedoria. Com todo respeito ao hiper filósofo, há pessoas ignorantes totalmente sem sabedoria e sem virtude alguma e cheia de vícios que se consideram plenamente felizes. Aliás há estudos atuais que indicam que quanto mais você estuda e obtém conhecimento mais fácil será ser infeliz. Ou seja, ser ignorante e não sábio é que realmente traz felicidade para a grande maioria das pessoas. Alguns tipos de conhecimentos só trazem angústia e desgaste mental. Há pesquisas que dizem que pós-doutores tem mais altas taxas de depressão. Estudar e buscar conhecimento e sabedoria em muitos dos casos leva não a felicidade mas a depressão em muitas das vezes. Também há pessoas com padrões morais totalmente baixos que são plenamente felizes e cheias de vícios. Há pessoas viciadas em álcool e ignorantes que não buscam nem um pouco de sabedoria e até mesmo analfabetas que se consideram felizes. Desta forma a virtude e a sabedoria também não são elementos essenciais com todo respeito ao nosso mega filósofo, há pessoas aos milhares para provar que esta definição está equivocada, aliás o que mais existe no mundo são pessoas com inúmeros vícios e ignorantes e muitas delas são felizes "apesar" disto.



Aristocracia interior (Arthur Schopenhauer): A felicidade é alcançada através da busca do conhecimento, da arte e da renúncia aos desejos mundanos.


Para Schopenhauer outro mega filósofo que também dispensa apresentações a felicidade é alcançada através da busca do conhecimento, da arte e renúncia dos desejos mundanos. Como na definição anterior se diz que buscar conhecimento e arte traz felicidade. Mas como dissemos anteriormente muitas pessoas ignorantes e sem conhecimento são consideradas por si próprias muito felizes. E na questão dos desejos como no Budismo e do Epicteto renunciar aos desejos não é uma estratégia segundo estudos recentes de psicologia uma estratégia muito útil. Há pessoas por exemplo que deixar de fazer sexo ou se masturbarem por razões morais ou religiosas em busca de uma certa pureza e elevação espiritual. Ocorre que o sexo é uma necessidade básica do ser humano e segundo estudos a falta de sexo pode causar problemas de saúde. Em homens a falta de sexo e masturbação pode até causar câncer de próstata. Negar os próprios desejos e necessidades às vezes não diminui o desejo, pelo contrário só aumenta. É igual ao jejum com todo respeito aos que são feitos por crenças religiosas, mas apenas a título de exemplo, quanto mais tempo se fica sem se alimentar, mais a pessoa quer comer ao final do jejum. Os desejos são parte de nossa essência humana, negá-los não faz os problema sumir, muito pelo contrário. Portanto com todo respeito ao super filósofo esta definição também não nos satisfaz. Não estamos dizendo que nossa definição ao final será melhor que todas estas citadas, mas acreditamos que encontramos uma definição bem geral e que irá surpreender a muitos leitores deste artigo.



Nirvana (Buda): A felicidade é alcançada ao atingir a iluminação espiritual e a libertação do ciclo de renascimentos.


Aqui há o conceito famoso de Nirvana também de Buda, mas no sentido mais ligado à religião. Com todo respeito às grandes religiões, mas todas elas parte de um pressuposto que existem alguns conceitos que nem todos acreditam e concordam existir tais como Deus, Alma, Reencarnações entre outros conceitos que podem ou não existir. Nosso artigo trará o conceito filosófico de felicidade pois acreditamos que embora os conceitos religiosos sejam muito importantes para a civilização, o conceito de felicidade não precisa ter componentes religiosos necessariamente já que as crenças são muito individuais. Contudo, Nirvana (não é a banda de Rock dos EUA faça me o favor) é um conceito que merece ser citado apesar de ser religioso pois ele pressupõe que se alguém alcança um certo nível espiritual em vida ele estaria nesta vibração do Nirvana que seria uma sensação completa de felicidade o tempo inteiro do qual Buda chama de Nirvana. Mas para sermos felizes não precisamos ser budistas necessariamente e nem acreditar que exista uma iluminação espiritual de qualquer religião capaz de nos fazer felizes o tempo inteiro.


Desta maneira após analisar os conceitos históricos mais relevantes e citados até então, não queremos parecer arrogantes, mas acreditamos que nosso conceito é um pouco melhor em relação a todos eles. Na ciência moderna há pouca audácia, no sentido de que aprendemos na academia a respeitar todo conhecimento acumulado anterior, mas nossa ciência atual é tímida ao não nos incentivar a sermos audaciosos no sentido de propor coisas inovadoras e revolucionárias que até possam superar os grandes nomes do passado. A audácia quando bem fundamentada pode nos levar a superar grandes desafios;


Nossa sugestão de conceito de felicidade é a seguinte:


(Chester): Felicidade é você possuir aquilo, algo ou qualidade que você considera mais relevante na quantidade que te satisfaça e que seja um objetivo ou meta alcançável e você tenha sucesso em alcançá-lo na medida de seu desejo ou necessidade inicial.


A nossa definição de Felicidade é simples e acreditamos a mais completa já que a Felicidade varia de pessoa para pessoa. Por exemplo, tem pessoas que se sentiriam felizes sendo ricas, famosas ou poderosas. Outras seriam felizes em ter uma família ou corpo perfeito. Outra felicidade seria mudar de país e adquirir outra nacionalidade. Neste conceito para ser considerado feliz você tem que alcançar aquele objetivo que te faz feliz. Por exemplo, se considero que só serei feliz se tiver R$ 100 milhões de reais, eu só me avaliarei como feliz se eu realmente possuir estes R$ 100 milhões. Se por outro lado outra pessoa se sentiria feliz com somente R$ 10.000,00 dez mil reais e esta quantidade te satisfaz plenamente então você é feliz pelos seus próprios critérios.


Se para uma pessoa ser famosa é relevante ela não será feliz enquanto for uma pessoa desconhecida. Uma pessoa que gostaria de ser forte, nunca será plenamente feliz se não for na academia e ter o corpo que a satisfaz em sua plenitude. Portanto não basta ter aquilo que te faz feliz, mas a quantidade ou qualidade daquilo tem que ser numa medida ou proporção que realmente te satisfaça. Se eu acredito que mereço ser bilionário, serei infeliz se tiver “apenas” R$ 100 milhões. Por isto que a segunda parte do conceito é tão relevante “na quantidade que te satisfaz”. Portanto está implicitamente embutido no conceito o "conhece-te a ti mesmo". Só você saberá em seu íntimo o que realmente te satisfaz plenamente ou seja, que o fará plenamente feliz.


Se você almeja algo impossível, terá um passe livre para ser infeliz para sempre. Por exemplo, pessoas nostálgicas que foram felizes em uma determinada época, dizem que só viveriam felizes se voltassem ao tempo para o passado. Como isto é impossível elas colocam a própria felicidade em algo impossível de ser alcançável, por isto o trecho final do conceito também é muito relevante.


Se você nasce num país e não é feliz nele e gostaria de nascer em outro país, como você já nasceu e caso colocar a felicidade nisto ficará infeliz para o resto da vida. Caso consiga de alguma forma emigrar para este país, mas mesmo assim seu desejo era ter nascido naquele país, você estará lá mas seu desejo é impossível pois queria ter nascido e ser como um natural deles. (a não ser que existam outras vidas, mas daí é outra história).


Se você tem uma certa idade e coloca a felicidade em voltar a ser jovem (algo atualmente tecnicamente impossível pela ciência atual) estará colocando também a felicidade em algo impossível de se alcançar.


Uma pessoa pode achar que será feliz se for presidente da República por exemplo de seu país. Caso perca a eleição com certeza será menos feliz do que se tivesse alcançado o objetivo. Então a felicidade sempre de certa forma está em se adquirir algo, o amor de uma pessoa, um bem, alcançar a fama, o poder de uma nação, uma certa quantidade de riqueza e como parte do conceito diz: “na quantidade que te satisfaça”. As vezes uma pessoa adquire muita riqueza aos olhos de outras pessoas e mesmo assim continua se vendo como uma infeliz porque? Porque segundo os critérios pessoais a pessoa é rica mas não numa quantidade que a satisfaça de verdade ainda que só a própria pessoa só saiba disto em seu próprio íntimo.


Por isto a felicidade é estritamente pessoal e subjetiva o que faz uma pessoa feliz não é exatamente igual ou semelhante ao que faria outra pessoa feliz. Pode ocorrer de duas pessoas amarem uma terceira, ou por a felicidade em um carro que tem um único exemplar. Nestes casos que são exceções pode haver um conflito entre as pessoas que almejam exatamente a mesma coisa, bem ou objetivo. Se para muitos ser Presidente do país, estas pessoas certamente entrarão em conflito (numa campanha não num duelo esperamos) umas com as outras para alcançar o mesmo “sonho”.


Desta forma apresentamos nosso conceito de felicidade e esperamos o mais importante: que ele ajude a você que busca a sua própria felicidade, a aprender algo relevante para sua felicidade própria: Coloque sua felicidade onde você possa efetivamente alcançar! Se colocar sua felicidade em algo impossível estará comprando um bilhete só de ida para uma vida toda infeliz. Agora meu amigo se nem você mesmo sabe o que te faz feliz, não perca mais tempo e tente procurar sua felicidade em um local que a possa de fato encontrar.





Obs: O autor é autodidata nas matérias de economia, relações internacionais, ciência política e várias outras matérias de seu interesse. Sua visão é estritamente pessoal, não é um economista, cientista político ou analista formado apesar de ter conhecimentos na área. O autor não se responsabiliza por nenhuma tomada de decisão baseada em sua estrita visão dos acontecimentos. Gosta de analisar o mercado por hobby e não ganha nada com suas análises que são colocadas de forma gratuita na internet. O autor, por exemplo, já acertou a crise de 2008 entre várias outras previsões baseadas em seus cenários e análises político-econômicas. O autor se interessa muito por este tema e procura fazer os próprios cenários político-econômicos estritamente para tomada de decisões pessoais mas que gosta de compartilhar e torná-los públicos para quem interessar. O autor não ser responsabiliza por nenhuma decisão, investimento ou qualquer coisa que seja em relação a estes cenários que podem obviamente não se confirmarem. Não somos a favor de nenhum golpe de estado nem a morte do presidente ou ex-presidente. Os cenários propostos são apenas projeções baseadas num agravamento da polarização política nacional levando em conta o histórico recente da trajetória político-econômica do Brasil e da nossa região da América Latina que enfrenta uma grave crise que tem seu epicentro na Venezuela e fatores de desestabilização tanto da esquerda (Foro de SP/Rússia/Cuba/China) quanto de direita (CIA/Estados Unidos)