segunda-feira, 5 de junho de 2023

O desafio da inflação no Brasil: Por que baixar os juros à força não é a solução.





Artigo ChesterNEWS Especial - Economia: "A questão dos Juros no Brasil".



O desafio da inflação no Brasil: Por que baixar os juros à força não é a solução.



*Escrito por ChesterNEWS Editor do Blog em 06.06.2023.


Nosso país enfrentou um período turbulento de inflação descontrolada no passado, que só foi solucionado com o plano real durante o governo de Fernando Henrique Cardoso. Entretanto, observamos atualmente uma preocupante animosidade entre o presidente Lula e o presidente do Banco Central, Roberto Campos, indicado pelo ex-presidente Bolsonaro. Ainda mais preocupante é a influência de economistas que assessoram o presidente Lula, os quais parecem estar copiando estratégias fracassadas da Argentina, país com inflação e juros quase próximos de 100%. Além disso, a Turquia recentemente enfrentou dificuldades no controle da inflação. Neste artigo, buscaremos convencer o presidente Lula de que confrontar o presidente do Banco Central e buscar forçadamente a redução dos juros, ao invés de implementar uma Reforma Tributária e sinalizar um controle nos gastos públicos, pode ser uma abordagem equivocada. A inflação, sem dúvida, prejudica especialmente os mais pobres, mas tentar baixar os juros de forma precipitada pode levar o Brasil a perder o controle inflacionário, o que seria extremamente grave para nossa economia.


É inegável que juros altos dificultam os negócios e podem resultar em desemprego e baixo crescimento econômico. Entretanto, é crucial entender que baixar os juros de forma inadequada pode ter consequências desastrosas. A experiência da Argentina e da Turquia nos mostram que políticas mal planejadas podem levar à perda do controle inflacionário, prejudicando ainda mais os mais pobres.


Em primeiro lugar, é importante reconhecer que a inflação é um problema complexo e multifatorial. Apenas reduzir os juros não é suficiente para controlá-la, especialmente se não forem adotadas medidas concomitantes, como uma Reforma Tributária que simplifique o sistema e estimule o crescimento sustentável. Ainda assim, as estratégias adotadas pela Argentina não são um modelo a ser seguido, uma vez que o país enfrenta uma grave crise inflacionária e uma realidade econômica bastante diferente da nossa.


Ao confrontar o presidente do Banco Central e tentar reduzir os juros à força, o presidente Lula arrisca comprometer a independência da instituição e minar a confiança do mercado. Isso poderia gerar um cenário de incerteza econômica, desencorajando investimentos e agravando a situação inflacionária. É necessário um trabalho conjunto entre o governo e as instituições responsáveis pela política monetária, com diálogo e cooperação, a fim de encontrar soluções eficazes.


Ressaltamos que a inflação afeta de forma desproporcional os mais pobres, pois eles gastam uma maior porcentagem de sua renda com itens básicos, cujos preços podem subir rapidamente. Ao perder o controle inflacionário, o país enfrentaria uma escalada de preços, reduzindo ainda mais o poder de compra da população de baixa renda e dificultando o acesso a bens essenciais.


Diante do desafio da inflação no Brasil, é crucial que o presidente Lula adote uma abordagem equilibrada e cautelosa. Confrontar o presidente do Banco Central e tentar reduzir os juros à força pode trazer consequências negativas, minando a independência da instituição e prejudicando a confiança do mercado. Em vez disso, é necessário buscar soluções que abordem a inflação de forma abrangente e estrutural.


Uma Reforma Tributária eficiente, que simplifique o sistema e estimule o crescimento econômico, é uma medida importante a ser adotada. Além disso, sinalizar um compromisso com o controle dos gastos públicos é essencial para transmitir confiança aos agentes econômicos e aos investidores.


É fundamental aprender com os erros de outros países, como a Argentina e a Turquia, que enfrentaram problemas inflacionários graves. Copiar estratégias fracassadas não é a resposta para o Brasil. Devemos buscar soluções baseadas em nossa realidade econômica e em um planejamento cuidadoso.


Por fim, é importante ressaltar que a inflação afeta especialmente os mais pobres, tornando essencial adotar medidas responsáveis para controlá-la. Embora juros altos possam dificultar os negócios e causar desemprego, tentar reduzi-los de maneira equivocada pode levar à perda do controle inflacionário, prejudicando ainda mais os mais vulneráveis.


Portanto, urge que o presidente Lula considere alternativas mais abrangentes e sustentáveis para lidar com a inflação, em vez de focar apenas na redução dos juros. O diálogo com o Banco Central, a implementação de uma Reforma Tributária eficiente e o compromisso com o controle dos gastos públicos são elementos-chave para alcançar estabilidade econômica e proteger os interesses dos mais pobres.


Além das medidas já discutidas, é fundamental que o Ministro da Fazenda Haddad persuadisse o presidente Lula a abandonar a busca por culpados antecipados e adotar uma postura pró-ativa e colaborativa em relação ao baixo crescimento econômico em seu primeiro ano de mandato. Ao invés de se concentrar em apontar dedos e buscar bodes expiatórios, o presidente deveria direcionar sua energia para uma articulação intensa com o Congresso, buscando o sucesso na aprovação da Reforma Tributária e fornecendo um orçamento que transmita ao mercado a firmeza de que os gastos públicos serão controlados.


Ao desistir da "caça às bruxas", o presidente Lula teria a oportunidade de se envolver pessoalmente e de forma proativa na construção de uma base sólida para o crescimento econômico. Um esforço conjunto entre a Economia, a classe política, o Congresso e o próprio presidente é necessário para criar um ambiente favorável ao investimento e à redução dos juros de maneira sustentável.


Ao adotar essa abordagem, o presidente Lula estaria demonstrando liderança e comprometimento com o desenvolvimento econômico do país. A confiança do mercado e dos investidores seria fortalecida, impulsionando a atividade econômica e criando condições para a queda dos juros de forma natural e benéfica para todos os setores da sociedade.


Portanto, é hora de abandonar a busca por culpados e concentrar esforços na construção de uma economia sólida e estável. O presidente Lula tem a oportunidade de ser protagonista desse processo, mostrando sua habilidade política e seu compromisso com o bem-estar econômico do país.


quarta-feira, 17 de maio de 2023

Felicidade: o que é afinal? É só um conceito impossível de ser alcançado? Ou é algo real e tangível, ou seja, alcançável por nós seres humanos? Qual sua opinião?

Artigo Chester NEWS Especial - Filosofia - Por que é tão difícil ser feliz? Existe um conceito mais próximo do ideal do que seja a felicidade? Propomos um conceito próprio ao final.

 

Artigo Chester NEWS Especial - Felicidade: o que é afinal? É só um conceito impossível de ser alcançado? Ou é algo real e tangível, ou seja, alcançável por nós seres humanos? Qual sua opinião?




Imagem feita por I.A. Dall-E 2 em 17.05.2023



Escrito por Chester Martins Pelegrini (Conceitos de Felicidade foram resumidos pelo ChatGPT versão 3.5 em 18.05.2023).


Editor Chefe do Blog independente Chester NEWS[1]




A busca pela Felicidade é algo que para muitos de nós é a coisa mais importante a ser realizada enquanto temos tempo de vida. Há diversos conceitos diferentes e vários deles têm algo em comum: ele varia de pessoa para pessoa. Para uns ter poder, status, riqueza, beleza e fama é algo que traria felicidade, já para outros não ter status, ser pobre, não ter poder algum nem ser bonito ou ter fama (ser anônimo) seria felicidade.


John Rockefeller um dos homens mais ricos do país mais rico do mundo disse que se um homem tem dez dólares em sua carteira e é feliz só com isto, eis aí um homem rico e satisfeito (feliz). Ou seja, para alguns ser feliz é ter gratidão pelo que tem.


Mas outros não concordam com esta definição pois a maioria dos seres humanos são insatisfeitos e para piorar a situação suas necessidades mudam conforme o tempo se passa, os objetivos mudam, a pessoa que te fazia feliz já não faz mais, o carro que você comprou com tanta alegria já não te satisfaz, os amigos que antes era sinônimo de felicidade hoje só te desrespeitam.


A felicidade é tão difícil justamente porque nós também estamos sempre num fluxo contínuo de mudanças. Mudamos nosso jeito de ser, nossas metas, mudamos as vezes até sem querer mudar por fatores totalmente aleatórios e contra nossa própria vontade.


Abaixo estão 15 conceitos famosos sobre felicidade e iremos abordar rapidamente cada um deles, Vamos pedir ajuda aos universitários (e neste caso os maiores do mundo em alguns casos):



Eudaimonia (Aristóteles): A felicidade é alcançada por meio da busca do bem-estar e da realização de nosso potencial humano.


Hedonismo (Epicuro): A felicidade é obtida através da busca do prazer e da ausência de dor.


Utilitarismo (John Stuart Mill): A felicidade é maximizada quando se busca o maior bem para o maior número de pessoas.


Princípio da Utilidade (Jeremy Bentham): A felicidade é alcançada ao maximizar a quantidade de prazer e minimizar a quantidade de dor para o maior número de pessoas possível.


Tranquilidade (Sêneca): A felicidade é alcançada através da virtude, da aceitação e do equilíbrio emocional.


Serenidade (Epicteto): A felicidade é encontrada através do controle interno sobre as emoções e da aceitação das circunstâncias externas.


Amor Fati (Nietzsche): A felicidade é alcançada através da aceitação e amor pelas circunstâncias da vida, incluindo os aspectos dolorosos.


Ataraxia (Pirro de Élis): A felicidade é alcançada através da suspensão de julgamento e da ausência de perturbação emocional.


Felicidade como ausência de desejos (Buda): A felicidade é alcançada ao superar os desejos e encontrar a paz interior.


Felicidade como estado de fluxo (Mihaly Csikszentmihalyi): A felicidade é experimentada quando estamos completamente imersos em uma atividade desafiadora e significativa.


Felicidade como senso de propósito (Viktor Frankl): A felicidade é encontrada quando encontramos um sentido e um propósito para nossa vida.


Autenticidade (Søren Kierkegaard): A felicidade é alcançada através do autoconhecimento e da autenticidade em relação a si mesmo.


Virtude (Platão): A felicidade é alcançada através da prática de virtudes morais e da busca da sabedoria.


Aristocracia interior (Arthur Schopenhauer): A felicidade é alcançada através da busca do conhecimento, da arte e da renúncia aos desejos mundanos.


Nirvana (Buda): A felicidade é alcançada ao atingir a iluminação espiritual e a libertação do ciclo de renascimentos.



Vamos analisar cada um deles e ver se eles nos ajudam em algum aspecto:



Eudaimonia (Aristóteles): A felicidade é alcançada por meio da busca do bem-estar e da realização de nosso potencial humano.


Aristóteles um dos homens mais inteligentes do mundo, um dos pais da civilização ocidental diz que a felicidade é alcançada por meio da busca do bem-estar e da realização do nosso potencial humano. 


Ou seja, ele liga a felicidade a você se sentir bem consigo mesmo e em alcançar todo seu potencial. Esta definição é boa, mas há relatos de pessoas que não buscam excelência em nenhuma área da vida, em palavras nuas e cruas, tem uma vida totalmente abaixo de seu potencial e são plenamente felizes, ou seja, com todo respeito ao nosso amigo fundador do Ocidente, há controvérsias grandes em sua definição pois de outra forma só pessoas bem sucedidas e satisfeitas seriam felizes, e há pessoas que não buscam absolutamente nada e também são felizes.


Hedonismo (Epicuro): A felicidade é obtida através da busca do prazer e da ausência de dor.


Já para Epicuro um dos filósofos expoentes do Hedonismo diz que a felicidade é termos o máximo de prazer o mínimo de dor. Realmente esta definição é interessante e útil, mas há pessoas ricas, com tempo disponível, que desfrutam dos melhores restaurantes, das melhores viagens, fazem verdadeiras orgias e festas inacabáveis com muito sexo e drogas lícitas e ilícitas (somos contra as drogas de maneira geral), e mesmo assim algumas delas mesmo com a vida repleta de "prazer" as vezes se suicidam, o que prova que o prazer é importante para a felicidade mas este conceito também é contestável pois há muitas pessoas com excesso de prazer em suas vidas e ainda sim são depressivas e com instintos suicidas em alguns casos. O prazer com certeza é um fator importante para a felicidade mas não é o único fator.


Utilitarismo (John Stuart Mill): A felicidade é maximizada quando se busca o maior bem para o maior número de pessoas.


Este conceito vem de nada menos que o pai da filosofia Utilitarista muito difundida nos países anglo-saxões. Neste caso, a felicidade é quando se busca o bem maior para o maior número de pessoas. Este conceito é muito utilizado na política e economia para nortear ações políticas e econômicas que gerem o maior bem estar possível. Mas este conceito também não é muito útil e é contestável quando se fala no sentido pessoal. Às vezes a felicidade para um indivíduo não tem nada a ver com a felicidade do número maior de pessoas. Este conceito é contraditório pois no ponto de vista individual a minha felicidade na verdade pode se colidir com a felicidade dos outros e você ser feliz pode implicar se chocar com os outros indivíduos e não fazer o maior número de pessoas felizes, muito pelo contrário as vezes pessoas que sentem felicidade em ter poder, às vezes sente satisfação de exercer o poder até contra o interesse de milhares de pessoas só para satisfazer o próprio ego, então esta definição do Stuart Mill não nos ajuda muito.



Princípio da Utilidade (Jeremy Bentham): A felicidade é alcançada ao maximizar a quantidade de prazer e minimizar a quantidade de dor para o maior número de pessoas possível.


Já o filósofo Bentham é um misto do utilitarismo com o hedonismo, ou seja, a felicidade é minimizar a quantidade de dor para um número maior de pessoas e maximizar o prazer para um maior número. Mas como dissemos anteriormente, nem sempre a felicidade individual está de acordo com a felicidade de outros grupos e quem dirá de um grupo inimaginável de pessoas. Por exemplo, para um investidor em títulos públicos do governo o aumento de juros do governo aumenta a renda que ele recebe de juros pelos seus investimentos, mas o aumento de juros deprime toda a economia gerando mais desempregados e fechando diversos negócios levando vários empresários à falência e gerando vários desempregdos. Ou seja, a felicidade do investidor de títulos públicos vai de encontro ao interesse do país em geral.



Tranquilidade (Sêneca): A felicidade é alcançada através da virtude, da aceitação e do equilíbrio emocional.


Já para o famoso filósofo Estóico Sêneca, mentor de Nero um dos Imperadores mais sanguinários da história de Roma, Sêneca foi um dos homens mais ricos de Roma e escreveu várias obras sobre o Estoicismo, uma escola de filosofia grega muito conhecida na atualidade que prega o autocontrole emocional, a resiliência e ignorar emoções negativas e atos externos que possam abalar nosso lado emocional. Na definição de Sêneca ela é alcançada através da virtude, ou seja, não ter vícios nem comportamentos maléficos para si mesmo e para os outros, da aceitação no sentido de aceitar tudo que a vida nos trás e do equilíbrio emocional, que na opinião dos estóicos é não se abalar por absolutamente nada externo a nós. Marco Aurélio em seus famosos diários diz que devemos ser uma rocha onde a água bate e se espalha e ela (a rocha) não se move. Ou seja, não importa o que aconteça ao nosso redor temos que nos mantermos firmes como uma rocha. Mas esta definição antiga é atualmente com os avanços da psicologia um pouco questionável, pois ao contrário dos psicopatas que realmente não tem emoções e não se abalam por absolutamente quase nada, a maioria de nós continuará tendo sentimentos e reagindo aos acontecimentos externos e é praticamente quase impossível parar o fluxo da nossa mente e consciência para que ela não se abale por nada. Podemos fortalecê-la para que seja o mais forte possível, mas há limites nesta abordagem.



Serenidade (Epicteto): A felicidade é encontrada através do controle interno sobre as emoções e da aceitação das circunstâncias externas.



Epicteto foi escravo na Antiguidade por 30 anos e depois virou palestrante famoso da Escola Estóica que citamos anteriormente e muitos escritores famosos de suas palestras e ensinamentos os elevam a um dos maiores estóicos de todos os tempos.


Para ele, a felicidade é encontrada quando controlamos as emoções internas e aceitamos as circunstâncias externas. Mas até este memorável conceito é questionável já que há pessoas que não tem controle sobre as emoções e não aceitam as circunstâncias externas e por incrível que pareça são felizes mesmo assim. E também há casos de pessoas que controlam as emoções e aceitam as circunstâncias externas e mesmo assim são infelizes. Então este conceito apesar de interessante não é tão completo como deveria ser.



Amor Fati (Nietzsche): A felicidade é alcançada através da aceitação e amor pelas circunstâncias da vida, incluindo os aspectos dolorosos.



Já para Nietzsche considerado gênios para uns e louco por outros, um dos maiores filósofos historicamente recentes crítico ferrenho das religiões, de Deus e do Cristianismo que ao final da vida acabou internado em clínicas psiquiátricas acredita que a felicidade é a aceitação e amor pelas circunstâncias da vida incluindo os aspectos dolorosos ou negativos.


Com todo respeito a este grande filósofo esta definição de felicidade não nos ajuda muito, aceitar os aspectos ruins da vida está longe de ser felicidade. É bem contestável esta definição de felicidade pois qualquer pessoa diria que ser feliz é fugir ou ter menos coisas negativas na vida. É uma abordagem interessante mas altamente questionável é ver o lado ruim da vida como algo a ser festejado, mas não deixa de ser uma definição muito controversa.



Ataraxia (Pirro de Élis): A felicidade é alcançada através da suspensão de julgamento e da ausência de perturbação emocional.



A Felicidade para Pirro de Élis tem a ver com a palavra Grega “Ataraxia” seria algo como uma sensação de felicidade permanente enquanto suspendêssemos o julgamento e teríamos ausência de perturbação emocional.  Mas esta definição é questionável também pois há pessoas que gostam de julgar as outras e são perturbadas emocionalmente e ainda sim são felizes, afinal quase todos nós temos perturbações emocionais a vida toda e julgamos a todo tempo e sinceramente muitos de nós consideram a si próprios como felizes apesar das perturbações emocionais constantes que a vida proporciona e os julgamentos (ainda que inapropriados segundo algumas religiões de que não devemos julgar o próximo) fazemos isto o tempo todo e isto não impede totalmente nossa própria felicidade. Desta forma este conceito também não nos satisfaz por completo.



Felicidade como ausência de desejos (Buda): A felicidade é alcançada ao superar os desejos e encontrar a paz interior.



Para um dos maiores profetas que a humanidade já viu, com muitos adeptos principalmente em vários países da Ásia, Buda que prega a iluminação individual, diz que a felicidade é alcançada ao superar os desejos e encontrar a paz interior.


O Budismo diz que grande parte do nosso sofrimento vem dos nossos desejos por coisas e pessoas que são finitas. Ao colocar nossa felicidade em coisas externas (posses, bens, pessoas que amamos, familiares, amigos, etc…) sempre estaremos condenados a sofrer, pois podemos perder estes bens, podemos perder os amigos que tanto cultuamos, familiares que tanto estimamos podem falecer de uma hora para outra e os bens que desejamos podem se degradar e deixar de serem úteis ou interessantes com o passar do tempo. O Budismo diz em outras palavras que tudo neste mundo passa e que buscar felicidade em coisas como estas é pedir para ser infeliz. Para tanto o Budismo dá diversos caminhos para se eliminar os desejos. Ocorre que a psicologia moderna diz que nossos desejos não são totalmente controláveis. Embora algumas pessoas desejam mais coisas que outras, é uma energia mental que sempre estará presente em nossa mente. Não é totalmente possível eliminar por completo nossos desejos ou necessidades. Mesmo que acabemos de tomar um copo de água, é quase certo que em algum momento teremos a mesma necessidade ou “desejo de tomar água” e com certeza podemos até morrer de sede caso não satisfizermos este “desejo”.


Felicidade como estado de fluxo (Mihaly Csikszentmihalyi): A felicidade é experimentada quando estamos completamente imersos em uma atividade desafiadora e significativa.


Para Mihaly a felicidade é como uma espécie de fluxo, só estamos plenamente felizes quando estamos imersos em uma atividade desafiadora e significativa para nós mesmos. Com todo respeito a esta definição há uma pequena confusão entre felicidade e alegria. Estes momentos de fluxo e êxtase são momentos de alegria e não felicidade. Felicidade é um estado de satisfação geral enquanto a alegria são momentos limitados de “felicidade” que duram enquanto dura aquela ação. Por exemplo, o prazer sexual é um momento de êxtase com o orgasmo final, mas o prazer não traz felicidade necessariamente. Se a pessoa se sente feliz tendo muito prazer um só ato sexual não a fará feliz, se a pessoa valoriza o sexo e tem uma vida toda de prazer ela só poderá dizer que é feliz após toda uma vida prazerosa, do contrário estes pequenos momentos de prazer não fazem necessariamente uma pessoa feliz e nem satisfeita. Há por exemplo prostitutas que trabalham com sexo e transam mais de 15 vezes por dia, e muitas delas são infelizes, algumas até usam drogas e até se suicidam. Se felicidade pudesse ser resumida a prazer, as prostitutas seriam as pessoas mais felizes da Terra e não é isto que ocorre na prática para um observador minimamente atento à realidade.Há pessoas por exemplo que são viciadas em sexo e aquilo na verdade se torna uma espécie de tormento para a pessoa que fica presa ao vício pois faz o que está viciada mesmo quando não está a fim de fazer e o faz somente por estar viciada nisto.



Felicidade como senso de propósito (Viktor Frankl): A felicidade é encontrada quando encontramos um sentido e um propósito para nossa vida.


Para Viktor Frankl a felicidade tem a ver com encontrar um sentido e propósito para nossa vida. Esta definição é uma das mais interessantes mas ainda é falha. É muito importante achar um propósito para nossa vida e realmente nos sentimos mais plenos e cheios de vida quando fazemos o que gostamos e temos afinidade. Mas há muitas pessoas que fazem o que gostam e encontram um propósito que dão sentido para suas vidas e mesmo assim não são felizes. Às vezes no final da vida a pessoa se arrepende do que fez. Por exemplo, para uma pessoa romântica que valoriza a família talvez fazer 50 anos de casado, cifra que só 1% dos casais chegam dá um sentido e um propósito para a vida da pessoa. Mas esta pessoa pode alcançar esta “meta” ou propósito e ao mesmo tempo se arrepender. Chegar a conclusão que não valeu a pena o que se dedicou. Um soldado por exemplo pode ver propósito em dar sua vida pelo seu país e ao estar morrendo de fato em uma guerra pelo seu país se arrepender em seu último momento de vida. Então por mais que esta definição chegue perto ela não é completamente satisfatória. Até porque algumas pessoas podem não alcançar seus propósitos ou por não terem competência, às vezes por falta de sorte ou pelas metas serem impossíveis de serem alcançáveis.



Autenticidade (Søren Kierkegaard): A felicidade é alcançada através do autoconhecimento e da autenticidade em relação a si mesmo.


Outro grande peso pesado da filosofia Kierkegaard, um dos filósofos mais admirado por muitos que atuam na área de filosofia, diz que felicidade é alcançada através do autoconhecimento e da autenticidade em relação a si mesmo. Até agora é um dos conceitos do qual mais nos aproximamos e é o mais próximo da nossa definição que consideramos a mais ideal que daremos ao final. Afinal a felicidade varia de pessoa para pessoa, se você não souber o que te faz feliz nunca saberá de fato se alcançou a felicidade. A questão da autenticidade em relação a si mesmo também é importante pois para ser feliz é mais importante agradarmos a si mesmos e sermos autênticos em relação a nós mesmos. Mas ainda assim esta definição deixa a desejar porque mesmo nos conhecendo e sendo autênticos isto não quer dizer que conhecer a si mesmo nos leva a felicidade pois podemos saber o que nos faz felizes e mesmo assim estarmos longe do que consideramos felicidade e ser autêntico será muito menos útil ainda neste caso. Seremos um "autêntico infeliz" neste caso específico.



Virtude (Platão): A felicidade é alcançada através da prática de virtudes morais e da busca da sabedoria.


Para Platão, outro filósofo de peso que dispensa apresentações diz que a felicidade é alcançada pela prática de virtudes morais e a busca da sabedoria. Com todo respeito ao hiper filósofo, há pessoas ignorantes totalmente sem sabedoria e sem virtude alguma e cheia de vícios que se consideram plenamente felizes. Aliás há estudos atuais que indicam que quanto mais você estuda e obtém conhecimento mais fácil será ser infeliz. Ou seja, ser ignorante e não sábio é que realmente traz felicidade para a grande maioria das pessoas. Alguns tipos de conhecimentos só trazem angústia e desgaste mental. Há pesquisas que dizem que pós-doutores tem mais altas taxas de depressão. Estudar e buscar conhecimento e sabedoria em muitos dos casos leva não a felicidade mas a depressão em muitas das vezes. Também há pessoas com padrões morais totalmente baixos que são plenamente felizes e cheias de vícios. Há pessoas viciadas em álcool e ignorantes que não buscam nem um pouco de sabedoria e até mesmo analfabetas que se consideram felizes. Desta forma a virtude e a sabedoria também não são elementos essenciais com todo respeito ao nosso mega filósofo, há pessoas aos milhares para provar que esta definição está equivocada, aliás o que mais existe no mundo são pessoas com inúmeros vícios e ignorantes e muitas delas são felizes "apesar" disto.



Aristocracia interior (Arthur Schopenhauer): A felicidade é alcançada através da busca do conhecimento, da arte e da renúncia aos desejos mundanos.


Para Schopenhauer outro mega filósofo que também dispensa apresentações a felicidade é alcançada através da busca do conhecimento, da arte e renúncia dos desejos mundanos. Como na definição anterior se diz que buscar conhecimento e arte traz felicidade. Mas como dissemos anteriormente muitas pessoas ignorantes e sem conhecimento são consideradas por si próprias muito felizes. E na questão dos desejos como no Budismo e do Epicteto renunciar aos desejos não é uma estratégia segundo estudos recentes de psicologia uma estratégia muito útil. Há pessoas por exemplo que deixar de fazer sexo ou se masturbarem por razões morais ou religiosas em busca de uma certa pureza e elevação espiritual. Ocorre que o sexo é uma necessidade básica do ser humano e segundo estudos a falta de sexo pode causar problemas de saúde. Em homens a falta de sexo e masturbação pode até causar câncer de próstata. Negar os próprios desejos e necessidades às vezes não diminui o desejo, pelo contrário só aumenta. É igual ao jejum com todo respeito aos que são feitos por crenças religiosas, mas apenas a título de exemplo, quanto mais tempo se fica sem se alimentar, mais a pessoa quer comer ao final do jejum. Os desejos são parte de nossa essência humana, negá-los não faz os problema sumir, muito pelo contrário. Portanto com todo respeito ao super filósofo esta definição também não nos satisfaz. Não estamos dizendo que nossa definição ao final será melhor que todas estas citadas, mas acreditamos que encontramos uma definição bem geral e que irá surpreender a muitos leitores deste artigo.



Nirvana (Buda): A felicidade é alcançada ao atingir a iluminação espiritual e a libertação do ciclo de renascimentos.


Aqui há o conceito famoso de Nirvana também de Buda, mas no sentido mais ligado à religião. Com todo respeito às grandes religiões, mas todas elas parte de um pressuposto que existem alguns conceitos que nem todos acreditam e concordam existir tais como Deus, Alma, Reencarnações entre outros conceitos que podem ou não existir. Nosso artigo trará o conceito filosófico de felicidade pois acreditamos que embora os conceitos religiosos sejam muito importantes para a civilização, o conceito de felicidade não precisa ter componentes religiosos necessariamente já que as crenças são muito individuais. Contudo, Nirvana (não é a banda de Rock dos EUA faça me o favor) é um conceito que merece ser citado apesar de ser religioso pois ele pressupõe que se alguém alcança um certo nível espiritual em vida ele estaria nesta vibração do Nirvana que seria uma sensação completa de felicidade o tempo inteiro do qual Buda chama de Nirvana. Mas para sermos felizes não precisamos ser budistas necessariamente e nem acreditar que exista uma iluminação espiritual de qualquer religião capaz de nos fazer felizes o tempo inteiro.


Desta maneira após analisar os conceitos históricos mais relevantes e citados até então, não queremos parecer arrogantes, mas acreditamos que nosso conceito é um pouco melhor em relação a todos eles. Na ciência moderna há pouca audácia, no sentido de que aprendemos na academia a respeitar todo conhecimento acumulado anterior, mas nossa ciência atual é tímida ao não nos incentivar a sermos audaciosos no sentido de propor coisas inovadoras e revolucionárias que até possam superar os grandes nomes do passado. A audácia quando bem fundamentada pode nos levar a superar grandes desafios;


Nossa sugestão de conceito de felicidade é a seguinte:


(Chester): Felicidade é você possuir aquilo, algo ou qualidade que você considera mais relevante na quantidade que te satisfaça e que seja um objetivo ou meta alcançável e você tenha sucesso em alcançá-lo na medida de seu desejo ou necessidade inicial.


A nossa definição de Felicidade é simples e acreditamos a mais completa já que a Felicidade varia de pessoa para pessoa. Por exemplo, tem pessoas que se sentiriam felizes sendo ricas, famosas ou poderosas. Outras seriam felizes em ter uma família ou corpo perfeito. Outra felicidade seria mudar de país e adquirir outra nacionalidade. Neste conceito para ser considerado feliz você tem que alcançar aquele objetivo que te faz feliz. Por exemplo, se considero que só serei feliz se tiver R$ 100 milhões de reais, eu só me avaliarei como feliz se eu realmente possuir estes R$ 100 milhões. Se por outro lado outra pessoa se sentiria feliz com somente R$ 10.000,00 dez mil reais e esta quantidade te satisfaz plenamente então você é feliz pelos seus próprios critérios.


Se para uma pessoa ser famosa é relevante ela não será feliz enquanto for uma pessoa desconhecida. Uma pessoa que gostaria de ser forte, nunca será plenamente feliz se não for na academia e ter o corpo que a satisfaz em sua plenitude. Portanto não basta ter aquilo que te faz feliz, mas a quantidade ou qualidade daquilo tem que ser numa medida ou proporção que realmente te satisfaça. Se eu acredito que mereço ser bilionário, serei infeliz se tiver “apenas” R$ 100 milhões. Por isto que a segunda parte do conceito é tão relevante “na quantidade que te satisfaz”. Portanto está implicitamente embutido no conceito o "conhece-te a ti mesmo". Só você saberá em seu íntimo o que realmente te satisfaz plenamente ou seja, que o fará plenamente feliz.


Se você almeja algo impossível, terá um passe livre para ser infeliz para sempre. Por exemplo, pessoas nostálgicas que foram felizes em uma determinada época, dizem que só viveriam felizes se voltassem ao tempo para o passado. Como isto é impossível elas colocam a própria felicidade em algo impossível de ser alcançável, por isto o trecho final do conceito também é muito relevante.


Se você nasce num país e não é feliz nele e gostaria de nascer em outro país, como você já nasceu e caso colocar a felicidade nisto ficará infeliz para o resto da vida. Caso consiga de alguma forma emigrar para este país, mas mesmo assim seu desejo era ter nascido naquele país, você estará lá mas seu desejo é impossível pois queria ter nascido e ser como um natural deles. (a não ser que existam outras vidas, mas daí é outra história).


Se você tem uma certa idade e coloca a felicidade em voltar a ser jovem (algo atualmente tecnicamente impossível pela ciência atual) estará colocando também a felicidade em algo impossível de se alcançar.


Uma pessoa pode achar que será feliz se for presidente da República por exemplo de seu país. Caso perca a eleição com certeza será menos feliz do que se tivesse alcançado o objetivo. Então a felicidade sempre de certa forma está em se adquirir algo, o amor de uma pessoa, um bem, alcançar a fama, o poder de uma nação, uma certa quantidade de riqueza e como parte do conceito diz: “na quantidade que te satisfaça”. As vezes uma pessoa adquire muita riqueza aos olhos de outras pessoas e mesmo assim continua se vendo como uma infeliz porque? Porque segundo os critérios pessoais a pessoa é rica mas não numa quantidade que a satisfaça de verdade ainda que só a própria pessoa só saiba disto em seu próprio íntimo.


Por isto a felicidade é estritamente pessoal e subjetiva o que faz uma pessoa feliz não é exatamente igual ou semelhante ao que faria outra pessoa feliz. Pode ocorrer de duas pessoas amarem uma terceira, ou por a felicidade em um carro que tem um único exemplar. Nestes casos que são exceções pode haver um conflito entre as pessoas que almejam exatamente a mesma coisa, bem ou objetivo. Se para muitos ser Presidente do país, estas pessoas certamente entrarão em conflito (numa campanha não num duelo esperamos) umas com as outras para alcançar o mesmo “sonho”.


Desta forma apresentamos nosso conceito de felicidade e esperamos o mais importante: que ele ajude a você que busca a sua própria felicidade, a aprender algo relevante para sua felicidade própria: Coloque sua felicidade onde você possa efetivamente alcançar! Se colocar sua felicidade em algo impossível estará comprando um bilhete só de ida para uma vida toda infeliz. Agora meu amigo se nem você mesmo sabe o que te faz feliz, não perca mais tempo e tente procurar sua felicidade em um local que a possa de fato encontrar.





Obs: O autor é autodidata nas matérias de economia, relações internacionais, ciência política e várias outras matérias de seu interesse. Sua visão é estritamente pessoal, não é um economista, cientista político ou analista formado apesar de ter conhecimentos na área. O autor não se responsabiliza por nenhuma tomada de decisão baseada em sua estrita visão dos acontecimentos. Gosta de analisar o mercado por hobby e não ganha nada com suas análises que são colocadas de forma gratuita na internet. O autor, por exemplo, já acertou a crise de 2008 entre várias outras previsões baseadas em seus cenários e análises político-econômicas. O autor se interessa muito por este tema e procura fazer os próprios cenários político-econômicos estritamente para tomada de decisões pessoais mas que gosta de compartilhar e torná-los públicos para quem interessar. O autor não ser responsabiliza por nenhuma decisão, investimento ou qualquer coisa que seja em relação a estes cenários que podem obviamente não se confirmarem. Não somos a favor de nenhum golpe de estado nem a morte do presidente ou ex-presidente. Os cenários propostos são apenas projeções baseadas num agravamento da polarização política nacional levando em conta o histórico recente da trajetória político-econômica do Brasil e da nossa região da América Latina que enfrenta uma grave crise que tem seu epicentro na Venezuela e fatores de desestabilização tanto da esquerda (Foro de SP/Rússia/Cuba/China) quanto de direita (CIA/Estados Unidos)


 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

Manifesto do Tecnossocialismo do Século XXI - Como o Socialismo pode dar certo definitivamente? A Tecnologia derruba a "Refutação Maior do Problema do Cálculo Econômico"?

 

    MANIFESTO DO TECNOSSOCIALISMO


DE MARX AO SOCIALISMO DO SÉCULO XXI. FINALMENTE ESTARÍAMOS PERTO DE VER A VIABILIDADE DE UM SISTEMA POLÍTICO-ECONÔMICO REALMENTE CAPAZ DE SUPERAR O ATUAL E INSUSTENTÁVEL CAPITALISMO?


200 ANOS DE MARXISMO - A HORA CHEGOU?


ARTIGO SOBRE O TECNOSSOCIALISMO: O SOCIALISMO DO SÉCULO XXI VIABILIZADO PELO ATUAL AVANÇO TECNOLÓGICO - AS PEÇAS QUE FALTAVAM PARA A ENGRENAGEM MARXISTA LEVANTAR VOO



Artigo Especial ChesterNEWS - Tecnossocialismo a hora chegou?


INTRODUÇÃO


Este presente artigo tem por objetivo analisar se após 200 anos de Marxismo de tentativas, erros e acertos em se tentar lutar por uma sociedade mais justa, se é chegado o momento em que as várias tentativas mundiais de se implementar o socialismo e comunismo com objetivo de suplantar o atual injusto e implacável capitalismo, realmente chegou a este especial e tão esperado momento. O presente artigo chamado de “Manifesto do Tecnossocialismo” tenta demonstrar que alguns avanços tecnológicos já existentes podem na verdade suprir as lacunas que impediram no passado que as experiências socialistas e comunistas que deram errado até então e tenta explicar como estas lacunas podem ser solucionadas pelas tecnologias atuais do Século XXI, em especial as da década de 2020-2030 que demonstram grandes avanços principalmente em Inteligência Artificial, Monitoramento de Plantações, Testes vocacionais e psicológicos automatizados, formação de preços de corridas (tipo UBER), alocação de estoques automatizados, alocação de recursos com I.A. entre outros avanços tecnológicos e sociais que podem viabilizar o chamado Tecnossocialismo, aqui compreendido como Socialismo viabilizado através de mecanismos avançados de tecnologia integrada, que podem ser otimizados conforme os novos desafios que forem surgindo através de tentativa, acertos e erros.




PARTE 1




Artigo Especial Chester NEWS "Ideologias" publicado em 10.02.2023 (atualizado em 23.02.2023 para incluir as sugestões da I.A.).


Os principais críticos do socialismo marxista foram os economistas liberais principalmente dos EUA e Reino Unido que de certa forma e com grande precisão mostraram e provaram os defeitos da até então ideologia marxista, socialista e comunista que serviram de inspiração para a Revolução Russa de 1917 e seu poderoso império da URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) que por várias décadas foi a segunda maior Economia Mundial e protagonizou com os Estados Unidos da América uma disputa mundial pela implementação do marxismo a nível global sendo combatido pelos estadunidenses que defenderam o capitalismo, ideologia rival em todo o planeta, no que ficou amplamente conhecido historicamente como Guerra Fria.


Eles inclusive previram que o sistema soviético iria entrar em colapso muitas décadas antes do ocorrido. O principal argumento desses críticos liberais anti-marxistas era em resumo que a Economia planificada soviética era irracional do ponto de vista contábil e econômico e era uma falha: “Grave, Irreversível e Impossível de ser superada”.


Sem o livre mercado, não haveria o sistema de preços, e sem os preços que eram sinalizações espontâneas de oferta x procura, o planejamento central da União Soviética não tinha como precificar os ativos da Economia e portanto era uma questão de tempo toda economia do Império Soviético implodir. Este grande debate econômico ficou conhecido como "Problema do Cálculo Econômico".


Esta “falha insuperável” tornaria até então impossível que a teoria desenvolvida por Marx tivesse pleno êxito em suplantar o capitalismo rumo a um mundo mais desenvolvido, justo e menos desigual para todos.



Ocorre que passados mais de 200 anos de Karl Marx e inúmeras lutas, guerras e sacrifício, um fato imprevisível poderia de fato preencher as lacunas da brilhante teoria do gênio Marx: o avanço inesperado da tecnologia da nossa era atual, o que antes era considerado impossível e inimaginável ser realizado, está sendo realizado neste exato momento em diversos locais do planeta.


Estas peças que estavam “faltando” da brilhante teoria marxista de tornar o mundo definitivamente um mundo melhor podem devido ao surpreendente avanço tecnológico atual (sendo mérito do capitalismo ou não) trazerem consigo as sementes da própria destruição definitiva do capitalismo e seu rastro de destruição, injustiças, anarquia, guerras, fome, miséria e exploração desmedida dos menos desfavorecidos finalmente chegar a um glorioso e estrondoso fim. Não por uma crise grave do próprio capitalismo, como sugerido pelo gênio de Marx, mas por um fato totalmente aleatório e altamente produzido pelo capitalismo: O acelerado avanço tecnológico proporcionado pelo capitalismo poderia trazer as sementes de destruição do próprio capitalismo. Por essa nem o glorioso Marx esperava.




Plantação de Eucaliptos e o Insight que faltava ao Socialismo



O avanço tecnológico atual é impressionante para todos da atualidade que estão assustados principalmente com os recentes avanços da I.A. (Inteligência Artificial) que são estudados há mais de 70 anos por grandes empresas de tecnologia tais como a IBM, mas que deram um salto muito grande no final de 2022 e início de 2023 quando este texto está sendo escrito.


Se trata das Inteligências Artificiais Generativas que foram lançadas recentemente pela empresa Open IA um chatbot super inteligente chamado ChatGPT que elabora textos e mais coisas a partir de comandos simples que causou um grande alarde mundial inclusive nas escolas que não sabem o que fazer já que os alunos podem fazer perguntas para a IA e são tão boas que confundem os professores humanos. A tecnologia bateu o recorde mundial de disseminação alcançando mais de um milhão de usuários em apenas 3 meses.


A outra explosão que causou espanto é a tecnologia da mesma empresa chamada DALL-E que cria imagens e arte digital a partir de comandos simples, estas duas imagens de cima foram criadas por este programa citado os eucaliptos futuristas e o planeta em forma de maçã segurado por uma mão robótica (inclusive todos os símbolos e imagens neste Artigo ChesterNEWS foram gerados pela mesma Inteligência Artificial inclusive o símbolo do Tecnossocialismo, para se ter uma ideia do poder da tecnologia atual).


Mas o que diabos Eucaliptos tem a ver com Tecnossocialismo?


O autor deste texto desenvolve tecnologias complexas há mais de 20 anos e por coincidência tinha um sonho capitalista opressor de que se caso ficasse, muito rico (muito rico mesmo) com o retorno de alguma tecnologia desenvolvida investiria todo o capital dos royalties (renda pela exploração de tecnologia por grandes empresas devidos legal e constitucionalmente aos inventores) em plantações de eucaliptos. (cada um com seus sonhos malucos).


Ao assistir um Congresso Online da área florestal de Eucaliptos viu um especialista da área florestal falar de uma tecnologia muito inovadora que estava sendo usada pelas usinas de celulose, que são as que compram os eucaliptos das fazendas reflorestadas para produzir papel e derivados.


Mal sabia o autor que assistindo um Congresso de Eucaliptos Online com um sonho capitalista de um dia ter uma fazenda de Eucaliptos com o retorno dos royalties de sua tecnologia de suas várias startups (nada mais capitalista e atual que isto) estaria na verdade tendo um poderoso insight que poderia fazer os 200 anos de luta marxista se tornarem de fato realidade. É quase uma descoberta científica capaz de ressuscitar o socialismo mais de 200 anos após sua fundação.


Um especialista de uma startup de agronegócio, atualmente chamadas de agrotechs (empresas de base tecnológica que atuam em apoio e suporte ao agronegócio) disse que existia uma tecnologia que praticamente eliminou o problema de falta de madeira dos Eucaliptos para as Usinas, ou seja, uma tecnologia eliminou e controlou artificialmente a oferta e procura por madeira no entorno das Usinas de celulose.


A startup agrotech desenvolveu sensores que acompanham o crescimento dos eucaliptos que são colocados em vários pontos das diversas plantações, nos GPS dos caminhões, interligados aos satélites e a linha de produção da usina aliada a tecnologia, com o uso de Inteligência Artificial integrada a todo este sistema e o que aconteceu?


Antes por exemplo havia uma grande flutuação de preços no valor da madeira, com o livre mercado uma hora sobrava eucalipto no mercado derrubando seu preço, ora faltava madeira, obrigando a Usina a parar sua produção e processamento pela falta de insumo.


Ocorre que a tecnologia desenvolvida fez nada mais nada menos que estabilizar um problema econômico de oferta e demanda de um produto no mercado (neste caso madeira de eucalipto onde a usina é compradora do produto) estabilizando completamente o mercado.


O que aconteceu foi que a Usina nunca mais ficou sem madeira e a oscilação dos preços foi drasticamente reduzida, o que desagradou um pouco os produtores, pois os preços não subiam nem desciam mais com tanta amplitude, ou seja, não faltava nem sobrava madeira no mercado quanto antes do uso da tecnologia.


Ou seja, o autor com os conhecimentos de economia, história e ciência política teve um momento eureca ao ver o resultado desta tecnologia aplicada ao campo e aos eucaliptos, logo veio em mente a crítica dos liberais dos anos 30 que diziam que seria “impossível” numa economia planificada e sem o “livre mercado” se dar preços as coisas de forma confiável.


Neste caso dos eucaliptos, a tecnologia não só estabilizou o mercado de madeira fazendo com que não faltasse nem sobrasse madeira no mercado de eucaliptos no entorno da Usina, estabilizou os preços e ainda diminui as grandes oscilações e ainda quase reduziu a zero as paradas de produção devido ao “livre mercado” que às vezes produzia muita madeira ou pouca.


Quem já estudou Economia a fundo e sabe das críticas dos liberais ao socialismo marxista, sabe da importância deste insight econômico. Os liberais críticos da economia planificada e da falta do livre mercado que gerava preços disseram há 100 anos que seria impossível um Governo ser mais eficiente que o livre mercado para alocação de recursos. Esta é a bomba atômica dos liberais contra o socialismo. “A mãe de todas as refutações".


Esta tecnologia do caso do eucalipto, não só foi mais eficiente que o próprio livre mercado, como ainda evitou as paradas de produção da Usina, ou seja, evitou desperdícios e oscilações excessivas que geram especulações desnecessárias no mercado de madeira.


A seguir outro insight que a atual tecnologia já provê e que também era considerada impossível de ser realizada há 100 anos atrás quando os críticos do socialismo acreditavam terem “refutado para sempre” as “falhas inerentes ao sistema socialista”. A questão “de preços” do  “UBER”.




O segundo insight: A questão de preços do UBER

Ao se deparar com outra notícia de tecnologia, o autor lembrou novamente dos críticos da teoria socialista, os mesmos liberais dos anos de 1930.


Entre as “refutações definitivas” do fracasso inerente do socialismo seria a impossibilidade total de um “governo central de economia planificada” criar um sistema de preços mais eficiente que o “livre mercado”.


Esta frase é para a guerra cultural entre o capitalismo x socialismo como uma bala de prata definitiva que seria a bomba atômica mortal do socialismo.


Ocorre que na atualidade um serviço muito popular chamado UBER que é um aplicativo atual que substituiu os antigos serviços de táxi em vários países do mundo, praticamente ignora e faz justamente isto que era considerado impossível com a tecnologia atual.


Como o serviço é muito utilizado na atualidade, muitas pessoas conhecem como funciona e inclusive muitas pessoas estão deixando de ter carros particulares para andarem de UBER. Para se ter uma ideia, no Brasil no passado apenas 20% da frota de veículos era vendida para locadoras de veículos, como muitos UBER atualmente alugam veículos de locadoras de carros para prestar o serviço, o número de vendas das montadoras chega atualmente a 60% das vendas de veículos para locadoras de veículos, ou seja, as montadoras vendem mais carros “alugados” do que para proprietários particulares. 


Mas a pergunta que não quer calar, o que diabos o UBER tem a ver com o Tecnossocialismo?


A questão principal é que o autor, lendo uma notícia de tecnologia de como os preços do Uber são feitos, chegou a um segundo insight importante que o fez lembrar novamente dos críticos liberais do socialismo de 100 anos atrás.


A UBER disse que desenvolveu uma tecnologia, com diversos economistas, programadores, que calcula os trajetos, o número de motoristas disponíveis, o número de passageiros, as distâncias entre os passageiros e os motoristas e os seus destinos, a hora do dia e entre outros fatores.


A empresa não dá detalhes obviamente por se tratar de um segredo comercial estratégico, mas explica em seu site simplesmente como "Preço Dinâmico UBER" o fato é que estamos vendo novamente a tecnologia trazendo luz a um evento econômico que os liberais críticos do socialismo diziam ser impossível de acontecer: um planejamento central dar “preços” melhor e de forma mais eficiente do que o “livre mercado”. Ou seja, a empresa UBER criou uma tecnologia para fins práticos que pode servir no futuro para que Governos Tecnossocialistas criem um sistema de preços planificados num órgão central e tecnológico que não gere escassez nem filas e nem os problemas enfrentados pelos países socialistas nos experimentos socialistas do passado.


Neste caso do Uber, a empresa não só criou uma tecnologia inovadora, como resolveu um problema complexo de dar preços compatíveis com inúmeras as variáveis econômicas complexas, eis o segundo milagre tecnológico do “caso Uber”.


A tecnologia é capaz de resolver problemas complexos da economia que eram tidos como verdades incontestáveis, e o pior “insuperáveis e impossíveis” de serem solucionadas.


Seja no “Caso Eucalipto" ou no “Caso UBER” o que vemos é que estes dois exemplos são só o começo do longo caminho de renascimento do Socialismo, ou como sugerimos o Tecnossocialismo, ou seja, o aprimoramento da teoria marxista com apoio de alta tecnologia para resolver os problemas. Não devemos nos ater aos escritos originais de Marx, como se fossem dogmas religiosos. O próprio Marx sugeriu que a sociedade deveria ser analisada de forma científica, ou seja, isenta de paixões e preferências pessoais.


Não há nada mais científico do que utilizar a tecnologia atual e as possíveis possibilidades futuras para resolver problemas sociais, políticos e econômicos.


Não daria para imaginar que a tecnologia fosse evoluir tanto nestes 200 anos de marxismo (e 300 de capitalismo), ao ponto dela resolver problemas reais econômicos, tanto no "caso de preços Uber", quanto no do "Preços do Eucalipto & Usina", soluções complexas de tecnologia da informação resolveram problemas econômicos tidos como “insolúveis” pelos Economistas até então.


Por isto o avanço tecnológico (que não é monopólio do capitalismo, já que a URSS também desenvolveu tecnologias avançadas para sua época) pode fazer com que as soluções futuras da I.A. que inclusive possam ser tão complexas e até mesmo incompreensíveis para nós mesmos humanos, resolvam problemas altamente complexos com ainda mais eficiência do que o maior gênio humano que já existiu ou poderia existir.


Este mesmo insight que é explanado aqui também foi identificado no Livro de 2019 de Leigh PhillipsMichal Rozworski: "The People´s Republic of Walmart: How the World´s Biggest Corporations are Laying the Foundation for Socialism" Are multi-national corporations like Walmart and Amazon laying the groundwork for international socialism? ("A República Popular do Walmart: como as maiores corporações do mundo estão lançando as bases para o socialismo" As corporações multinacionais como Walmart e Amazon estão lançando as bases para o socialismo internacional?).




A seguir uma outra solução tecnológica que poderá ajudar a classe operária, ou seja, os explorados, os trabalhadores a fazer o que realmente gostam, ou seja, a tecnologia alocando recursos humanos no tecnossocialismo conforme a vocação e aptidões de cada um.






Terceiro insight: Operários do Futuro fazendo o que gostam de verdade




Um grande tema importante na teoria marxista se dá em relação a exploração que a classe operária sofre por não ter os meios de produção e serem explorados pela elite capitalista gerando lucros excedentes e recebendo salários muito baixos em troca, o conceito controverso de “mais valia”. Inclusive Marx faz uma observação genial, até a linguagem é diferente para demonstrar a alienação capitalista, o próprio lucro é o mesmo, mas quando vai para o capitalista chama capital e quando vai para o trabalhador chama salário, ou seja, para uma classe o mesmo dinheiro tem um nome que para outra tem outro. 


O marxismo prega que a classe trabalhadora do futuro, após se unirem, tomarem o poder e derrotar o capitalismo, poderiam trabalhar no que realmente gostassem ou fossem vocacionados.


A tecnologia atual também pode trazer soluções nesta questão da divisão do trabalho conforme as vocações e experiências dos trabalhadores.


Atualmente há usos de Inteligência Artificial, buscas de termos avançados, testes psicológicos avançados com uso de tecnologia, que acabam encontrando os melhores empregados para as melhores vagas que mais se encaixam.


Com o avanço destas tecnologias que já são muito boas na atualidade, podemos vislumbrar num possível tecnossocialismo avançado, o acompanhamento das habilidades das crianças ainda na escola sendo avaliados por testes avançados de tecnologia que iria já encaminhar os futuros trabalhadores para as melhores áreas de trabalho conforme o perfil, habilidades e experiências de cada trabalhador de forma totalmente personalizada e específica.


Portanto uma antiga “utopia socialista marxista” do trabalhador do futuro fazer o que gosta, se antes era uma inspiração no bicentenário marxista considerada muito a frente de seu tempo, com a tecnologia atual podemos vislumbrar esta questão como uma futura e provável boa realidade.



Quarto Insight: Princípios e Lemas do Tecnossocialismo do Século XXI.




Para o sucesso do Tecnossocialismo é essencial que esta nova versão do socialismo marxista tenham diretrizes sólidas com a complexidade do mundo atual.


Embora a teoria marxista pregasse a extinção do Estado, o fato relevante é que vários países que tentaram implementar o socialismo se tornaram países autocráticos, ditatoriais e fechados.


Um tecnossocialismo verdadeiro e atualizado teria que ter como principal norte a participação democrática. Isto porque a classe trabalhadora, que é a maioria da população, só terá voz de fato num novo regime, caso este regime seja democrático.


Países que tentaram implementar de diferentes formas, graus e maneiras o socialismo, marxismo e comunismo acabaram gerando uma hiperconcentração de poder, apesar de nomenclaturas que se referirem ao povo, popular, do povo, coletivo, etc… mas na verdade concentrava poder em uma pequena elite, classe ou cúpula de poder restrita ou até mesmo a um único ditador, o que na verdade contraria a própria essência marxista do povo realmente estar no poder e o exercê-lo.


No futuro a democracia da maioria trabalhadora será cada vez mais essencial respeitar a vontade popular, pois, com o avanço irreversível da tecnologia, só com o aprofundamento democrático verdadeiro é que a classe trabalhadora conseguirá atingir seus objetivos de classe e dividindo os frutos econômicos e sociais se estiver no poder para regulamentar a sociedade em benefício dos próprios trabalhadores em geral. Ao ter uma democracia plena se chega ao próximo valor a imparcialidade. A política para ser efetiva tem de ser imparcial, no mundo futuro este princípio será cada vez mais essencial, pois com o avanço tecnológico cada vez mais denso, será necessário que os governantes e os detentores de tecnologia estratégica de massas, respeitem a imparcialidade de suas tecnologias.


Há atualmente uma questão chamada “viés dos algoritmos”, ou seja, a tecnologia que utiliza aprendizado de máquinas, está muitas vezes reproduzindo preconceitos e vieses já existentes na própria sociedade.


Desta forma leis, programadores e empresas de tecnologia terão que ser cada vez mais imparciais, para não se gerar discrminação tecnológica seja de qual tipo for. Se na atualidade é cada vez mais consensual de que os diversos tipos de preconceito são inaceitáveis, é provável que no futuro sejam cada vez mais inaceitáveis. Desta forma o tecnossocialismo terá que ter como um dos grandes princípios norteadores a imparcialidade, seja dos algoritmos, dos programadores, dos detentores do poder, seja dos donos de empresas de tecnologia e todos envolvidos de uma forma ou de outra em distribuição de recursos, acesso a empregos, cargos públicos, alocação de crédito e recursos financeiros e demais áreas relevantes tanto socialmente quanto economicamente.


Outro princípio muito caro ao tecnossocialismo será o mérito. Não a meritocracia injusta e desigual da atualidade, mas uma meritocracia real.


Por exemplo, no atual mundo desigual, os recursos são todos desiguais, há pessoas com mais dinheiro, tempo, posição social, status, contatos e diversos outros tipos de recursos estratégicos.


Um tecnossocialismo para ser o mais próximo do desejado por Marx deve eliminar todos os tipos de privilégios odiosos existentes na sociedade, tais como heranças estratosféricas, nepotismo, favorecimento a familiares, entre outros tipos comuns na sociedade atual.


O mérito no tecnossocialismo se trata de regras prévias e justas amplamente discutidas democraticamente.


Por exemplo, a sociedade democrática tecnossocialista pode decidir que um CEO de uma grande empresa, pode receber no máximo um salário 3x superior ao menor salário da empresa. Uma sociedade assim pode debater qual nível de desigualdade é tolerável ou intolerável e como os “privilégios” devem ser distribuídos. Por exemplo, em Cuba os salários de todos os trabalhadores foram radicalmente igualados.


Numa sociedade que queria adotar o Tecnossocialismo, não é necessário um extremismo igualitário que conforme a experiência pode transformar o sistema em ineficiente. Numa determinada sociedade pode-se escolher por exemplo, semelhante ao exemplo acima, que um médico pode receber um salário 3x maior que o de um faxineiro público.


No caso a diferença é “meritória” não porque o médico valha 3X mais que o lixeiro, mas é por questão de justiça que funções um pouco mais complexas da sociedade sejam remuneradas com um valor ligeiramente um pouco maior que situações mais simples. Pois nas experiências socialistas, marxistas e comunistas extremadas, o que se viu na prática foi a ineficiência social que gerou atraso e ineficiências graves em diversos países socialistas.


Não se está propondo obviamente a ganância, competição e agressividade extrema do atual mundo capitalista, mas que algumas poucas diferenciações justificadas, ou seja, um mérito justificável é saudável que exista numa sociedade tecnossocialista saudável.


Os outros três lemas de nossa “bandeira” tecnossocialista aqui proposta é tecnologia, justiça e igualdade. A tecnologia é no sentido da sugestão original de Marx de ser um socialismo científico, ou seja, nada melhor que científico do que utilizar soluções tecnológicas em prol do bem comum os dois próximos lemas, ou seja, a tecnologia e as soluções devem estar a serviço da justiça e igualdade, se não de nada prestam, ou pior podem piorar a sociedade, como aprendemos muito bem nestes 300 anos de capitalismo, podendo ainda levar o mundo a guerras, ou ainda ao colapso ambiental que na verdade é praticamente um suicídio coletivo da humanidade, uma verdadeira insanidade coletiva.



Quinto Insight do Manifesto do Tecnossocialismo: Alocação de recursos



Com os avanços irreversíveis e profundos da tecnologia daqui pra frente o Tecnossocialismo se quiser ter sucesso em sua implementação deverá se atentar a crescente substituição do trabalho humano pela tecnologia.


Inteligência Artificial, carros autônomos, androides fazendo funções de humanos tudo isto será uma grande realidade dentro de muito pouco tempo.


Diante disto as soluções precisam ser rápidas e urgentes. Há uma tendência atual muito grande de uma futuro desemprego em massa estrutural e uma grande concentração de riqueza geradas por empresas de tecnologia e uma massa de pessoas sem renda.


A única forma do tecnossocialismo dar certo é haver uma intervenção do Estado tanto na geração de riqueza, regulação da riqueza e distribuição de riqueza.


A geração maior de riqueza nos sistemas atuais se dá pelo setor privado que no máximo cobram impostos das empresas. Numa transição para o tecnossocialismo é essencial que os governos taxem as grandes empresas produtoras de muita riqueza, regulem as formas de obtenção de riqueza e distribuam estas rendas em formas de rendas mínimas por exemplo.


O fato é que a tecnologia está trazendo dois grande choques ao mesmo tempo ao capitalismo: está criando soluções tecnológicas que podem viabilizar de vez o socialismo e ao mesmo tempo elimina a classe trabalhadora que sustenta o atual capitalismo via consumo. Desta forma num futuro próximo seja qual for o sistema, será necessário o governo fazer uma grande intervenção cobrando impostos muito altos de grandes empresas de tecnologia e as transferir para grandes massas de pessoas que não terão empregos no futuro para que mantenham a economia girando seja ela capitalista ou tecnossocialista, pois é comum tanto no capitalismo quanto no socialismo que haja produção de riquezas, bens e serviços que atendam as necessidades da população.




Sexto Insight Tecnossocialismo: Expansão Global e Estado Mundial




Se o capitalismo será de fato superado um dia nós não sabemos, o fato é que os marxistas estavam certos, na questão da hegemonia global não há meio termo, para o socialismo o tecnossocialismo dar certo ele obviamente não poderá estar restrito a uma região do mundo ou poucos países.


A Guerra Fria foi o auge do embate entre o capitalismo x socialismo e este embate foi totalmente feroz. O capitalismo é altamente desigual e opressor para a maior parte da humanidade. Em Artigo sobre a Desigualdade o eminente Professor Ladslau Dowbor mostra bem esta diferença:


O Relatório também mostra como o planeta é dramaticamente desigual na distribuição geográfica da riqueza: “as disparidades regionais gerais se refletem no fato de que a América do Norte e a Europ­a juntas representam 57% da riqueza total das famílias, mas contêm apenas 17% da população adulta mundial”


Desta forma para uma pequena minoria global, o capitalismo é praticamente o céu na Terra, enquanto bilhões de pessoas sofrem na outra ponta e sustém este sistema insustentável e altamente injusto ficando com as migalhas jogadas pela elite mundial.


Não se está propondo aqui uma segunda Guerra Fria. O que se está querendo dizer é que seja qual for a proposta de suplementação do capitalismo, várias nações poderosas e suas elites farão de tudo para manter o status quo inalterado. Assim como uma poderosa elite no passado não quis o fim das guerras, nem o fim da escravidão e muito menos a garantia de um mínimo trabalhista que garantisse um mínimo de dignidade humana, esta mesma elite desumana e egoísta, não vai querer dividir nenhum tipo de bolo, a elite prefere destruir o bolo do que dividi-lo. 


O que se está querendo dizer é que temos dois centenários de lutas marxistas ferrenhas, e se de fato emplacar o tecnossocialismo do século XXI, ou seja soluções tecnológicas em prol de um sistema mais justo, igualitário e humano para a continuidade da luta marxista mundial, não se pode esperar que não haja e de certo haverá uma forte resistência contrária e retrógrada.



Conclusões Finais sobre o Tecnossocialismo


Marx sempre idealizou um mundo com menos exploração e menos injustiças. Amado por uns, odiados por outros o fato é que causou um enorme impacto mundial e trouxe inspiração para milhões ou até bilhões de pessoas que tentaram nestes últimos 200 anos tentar melhorar a sociedade fazendo experiências sociais nem sempre fáceis ou exitosas que inclusive geraram muitas mortes, sofrimentos, embates e conflitos ao redor do mundo, e que inclusive quase eclodiu uma Terceira Guerra Mundial no auge da Guerra Fria entre EUA x URSS.


Mas um fato inusitado não estava no radar nem dos capitalistas nem dos marxistas, o avanço tecnológico inesperadamente trouxe as peças da engrenagem marxista que foram consideradas no passado “insuperáveis” e que simples crianças ambientadas com a tecnologia sabem que estão a palma da mão algumas soluções, ou seja, duas empresas de tecnologia (Uber e a Agrotech florestal) estavam preocupadas em resolver seus problemas práticos de preços de corridas e de falta de madeira (eucalipto para produção de celulose e papel e derivados) e acabaram sem querer (resultado não intencional) provando cientificamente e resolvendo um problema complexo insolúvel de Economia de quase 200 anos que tornava impossível a teoria Marxista dar certo na prática, graças a esta "descoberta" por um acaso do autor deste artigo, ou seja, a prova material de que a tecnologia é capaz de superar e ser até melhor como fixadora de preços do que o próprio livre mercado atuando de forma aleatória, algo que era considerado "insuperável" e a "refutação definitiva da impraticabilidade do socialismo" conhecida como a "refutação máxima das refutações anti-comunistas".


Os exemplos mostrados neste artigo não são exaustivos, mas apenas exemplificativos de como o avanço tecnológico podem trazer de soluções para problemas dos mais simples aos mais complexos, inclusive os econômicos e sociais.


Desta forma o tecnossocialismo, baseado nos valores tradicionais marxistas aliados as soluções tecnológicas, segue o próprio conselho de Marx de se analisar os problemas sociais com o caráter científico. A abundância de soluções tecnológicas atuais, demonstra que a tecnologia não só trás mais conforto e comodidade, como nos casos do “Eucalipto” e do “Uber” embora sejam soluções buscadas para resolver problemas específicos de empresas, acabam tendo um resultado não previsto e não procurado de resolver problemas complexos inclusive econômicos e mais inesperados ainda, impossibilidades teóricas levantadas pelos críticos tradicionais do socialismo.


Desta forma este breve ensaio traz uma luz e inspiração, no sentido de que a própria tecnologia é uma faca de dois gumes, ao poder “destruir o capitalismo” através do avanço tecnológico, pode ao mesmo tempo “destruir a classe trabalhadora” já que com o adensamento tecnológico, corre também o risco de ser sua força de trabalho substituída integralmente pelo trabalho artificial da tecnologia que está tendo saltos exponenciais e altamente perturbadores.


Para os que acham que o Socialismo é “coisa do passado”, dizemos que o avanço tecnológico e esta vertente marxista que propomos o “tecnossocialismo” é o verdadeiro Socialismo do Século XXI, ou seja, o Socialismo Científico, usando as soluções tecnológicas, em prol da sociedade, do bem comum, da justiça e da igualdade.


O autor deste artigo por incrível que pareça é de direita, não sendo favorável ao socialismo, mas a bem da verdade, atesta apenas hipóteses mais prováveis, no sentido de que as soluções tecnológicas, podem reviver antigas ideologias, que estavam até agora relegadas ao consenso de “fracassadas” pela opinião pública mundial.


O tecnossocialismo pode ser uma grande oportunidade ou uma ameaça futura, caso se repita o embate da Guerra Fria, o mundo terá que se preparar para essa segunda onda de embate ideológico. O ideal é que o mundo corra e saia na frente e se una politicamente antes que esta segunda onda entre no radar, o que podemos chamar de tecnocapitalismo x tecnosocialismo, duas forças antagônicas que podem moldar as disputas futuras ideológicas do Século XXI.


Não sabemos quem vencerá esta disputa, mas já começamos o jogo empatados, com o Socialismo recebendo anabolizantes tecnológicos, se transformando aqui neste versão tecnossocialista, e o capitalismo também recebendo sua dose de asteróides, no sentido da versão tecnocapitalista, ou seja, grandes empresas de tecnologia dominando o mundo com toda classe trabalhadora de outro lado desamparada e sem perspectiva alguma de competir com a força das máquinas que agora são inteligentes, aprendem sozinhas e muito capaz de que num futuro muito próximo se não forem devidamente controladas virarem uma força autônoma não só contra a humanidade, mas contra a própria vida na Terra, sendo urgente que os governos de todo mundo levem muito a sério a regulamentação das novas tecnologias, que são tão perigosas quanto o surgimento das armas atômicas. Não sabemos ainda o potencial lesivo das nova tecnologias, mas sabemos que se nada for feito pode ser tarde demais para se tomar uma atitude e neste mundo hostil em que vivemos, não fazer nada às vezes é uma decisão, e em muitos casos a pior decisão.


Para se ter uma ideia de como pode ser um Tecnosocialismo (ou Tecnossocialismo) futuro com o uso da tecnologia, foi feita uma pergunta para a atual Super Inteligência Artificial ChatGPT em Fev. de 2023, como o uso de ferramentas tecnológicas poderia suprir as falhas do socialismo e comunismo. Notem as sugestões da super I.A. atual:


Respostas da I.A. para fazer o Socialismo e Comunismo funcionar na prática:


Cite 15 formas práticas de como as soluções tecnológicas podem suprir as falhas históricas do socialismo e comunismo dos críticos economistas liberais que diziam que era impossível uma economia planificada, existir algo melhor que o livre mercado e o problema dos preços do comunismo fazendo com que o socialismo funcione um dia na prática.



  1. Sistemas de gestão de estoque automatizados podem ajudar a evitar escassez ou excesso de produtos, melhorando a alocação de recursos.

  2. Ferramentas de análise de dados podem ajudar a identificar padrões de consumo e necessidades de produção, permitindo a planificação econômica mais eficiente.

  3. Aplicações de inteligência artificial podem ser usadas para simular diferentes cenários econômicos, permitindo que os planejadores tomem decisões mais informadas.

  4. A tecnologia blockchain pode ser usada para criar um registro transparente e confiável das transações econômicas.

  5. Sistemas de inteligência artificial podem ser usados para prever o impacto de diferentes políticas econômicas e ajustar as alocações de recursos.

  6. Sistemas de comércio eletrônico podem ser usados para aumentar a eficiência na distribuição de bens e serviços, permitindo a troca de informações de forma mais rápida e confiável.

  7. Softwares de gestão financeira podem ser usados para gerenciar melhor os recursos e otimizar a alocação de capital.

  8. A tecnologia de impressão em 3D pode ser usada para produzir bens com mais eficiência e personalização, reduzindo custos.

  9. Sistemas de inteligência artificial podem ser usados para prever a demanda por bens e serviços, permitindo uma produção mais precisa e eficiente.

  10. Redes de compartilhamento de recursos podem ser usadas para reduzir o desperdício e a redundância na alocação de recursos.

  11. A tecnologia de automação pode ser usada para aumentar a eficiência da produção e reduzir os custos de mão de obra.

  12. A tecnologia de sensores pode ser usada para monitorar o uso de recursos e evitar desperdícios.

  13. Sistemas de gestão de energia podem ser usados para reduzir os custos de energia e melhorar a eficiência na produção.

  14. A tecnologia de inteligência artificial pode ser usada para criar modelos preditivos de tendências econômicas, permitindo uma maior antecipação e planejamento.

  15. A tecnologia de satélite pode ser usada para monitorar a produção e distribuição de recursos em tempo real, permitindo uma tomada de decisão mais eficiente.


Segunda Regeneração:


  1. Utilização de inteligência artificial para a gestão da economia, permitindo uma maior precisão na alocação de recursos e investimentos.

  2. Utilização de big data e análise de dados para prever a demanda e planejar a produção, evitando excessos e escassez.

  3. Implementação de sistemas de blockchain para a gestão de transações financeiras, garantindo a transparência e segurança das transações.

  4. Utilização de sistemas de educação e formação profissional para desenvolver a força de trabalho e prepará-la para as necessidades da economia.

  5. Utilização de tecnologias de automação e robótica para aumentar a eficiência e produtividade da produção.

  6. Implementação de sistemas de gestão de estoque para evitar desperdícios e maximizar a utilização dos recursos disponíveis.

  7. Utilização de tecnologias de produção limpa para minimizar os impactos ambientais da produção.

  8. Criação de sistemas de incentivos e recompensas para encorajar a inovação e o empreendedorismo.

  9. Implementação de sistemas de gestão de recursos naturais para garantir o uso sustentável dos recursos e a proteção do meio ambiente.

  10. Utilização de tecnologias de comunicação e colaboração para melhorar a coordenação e a comunicação entre as diferentes partes envolvidas na economia planificada.

  11. Implementação de sistemas de gestão de riscos para mitigar os impactos de crises econômicas e outras incertezas.

  12. Criação de sistemas de incentivos para a produção de bens e serviços que atendam às necessidades e demandas da população.

  13. Implementação de sistemas de avaliação e monitoramento da economia para garantir a eficácia e eficiência da alocação de recursos.

  14. Utilização de tecnologias de energia renovável para promover a sustentabilidade e a independência energética.

  15. Criação de sistemas de proteção social para garantir o acesso universal aos bens e serviços essenciais.




Uma coisa é certa a tecnologia viabiliza (e isto é só o começo) como provado neste artigo, a ideologia do socialismo e do comunismo, que até então era considerada impraticável pode encontrar em sua versão remodelada impulsionada inclusive por grandes empresas capitalistas que procurando resolver grandes problemas envolvendo políticas internas ou externas de preços de seus produtos e serviços acabam lançando as bases para o surgimento de um futuro socialismo, a qual sugerimos o nome de tecnossocialismo, alocar os recursos da sociedade com mais justiça, equidade, meritocracia real, imparcialidade, eficiência e igualdade real como jamais visto antes na história da humanidade.


Podemos vislumbrar um futuro muito promissor, muito além do capitalismo, do socialismo e do comunismo, com os Sistemas mais Avançados de Inteligência Artificial podendo inclusive criar um Sistema Político-Ecômico ainda mais superior do que os atuais existentes ou das tentativas de melhorias através de muito sacrifício, esforço, guerras, perdas de vidas humanas, histórias trágicas, heróicas de ambos os lados, mas que graças a Tecnologia poderão ser facilmente superadas até com uma grande facilidade. Estamos diante do ápice do Iluminismo, nem o mais otimista dos grandes iluministas poderia sonhar um dia que com o avanço das Ciências e da Tecnologia algo tão grandioso e espantoso poderia surgir como os atuais sistemas de Inteligência Artificial, um grande perigo para toda a humanidade, mas também uma saída de redenção caso seja usada e regulamentada com sabedoria pela humanidade.


A seguir outra trocas de ideias como chat GPT que merece menção da evolução do dinheiro, escassez e desigualdade:


Evolução do dinheiro.

Chester NEWS
Como foi a evolução do dinheiro ao longo das eras na ciência econômica.

A evolução do dinheiro ao longo das eras tem sido um tema de estudo e debate na ciência econômica. Desde as sociedades mais antigas até a atualidade, o dinheiro evoluiu de diversas formas, em resposta às necessidades e às condições de cada época.

  1. Troca direta: Na pré-história, as pessoas realizavam trocas diretas de bens e serviços, sem a necessidade de dinheiro. Essa forma de comércio era baseada na troca de produtos de valor semelhante, como a troca de carne por pele de animal.

  2. Moeda: Com a evolução das sociedades, as pessoas começaram a usar metais preciosos como forma de pagamento, surgindo assim a moeda. Essa forma de dinheiro permitia uma padronização de valores e facilitava as transações comerciais.

  3. Papel moeda: No século XVII, surgiu o papel moeda, que permitia uma maior flexibilidade nas transações comerciais, já que o transporte de grandes quantidades de moedas de metal era dificultoso. O papel moeda era lastreado por metais preciosos, como ouro e prata.

  4. Dinheiro fiduciário: A partir do século XX, a maioria dos países adotou o dinheiro fiduciário, que não é lastreado por metais preciosos, mas sim pela confiança nas autoridades monetárias e no governo. Esse tipo de dinheiro permite uma maior flexibilidade na política monetária e cambial.

  5. Dinheiro eletrônico: Com a popularização da tecnologia e da internet, surgiu o dinheiro eletrônico, que permite a realização de transações financeiras de forma rápida e segura, sem a necessidade de manusear dinheiro físico.

  6. Moedas virtuais: Nos últimos anos, surgiram as moedas virtuais, como o Bitcoin, que permitem a realização de transações financeiras sem a necessidade de intermediários financeiros, como bancos. As moedas virtuais ainda são controversas e objeto de estudos na ciência econômica.

Em resumo, a evolução do dinheiro ao longo das eras reflete a evolução da própria sociedade, suas necessidades e tecnologias. Cada forma de dinheiro trouxe suas próprias vantagens e desvantagens, e a ciência econômica continua estudando e debatendo as melhores formas de organização financeira.

Chester NEWS
Mesmo o dinheiro evoluindo tanto porque a desigualdade social continua tão atrasada na humanidade com base na psicologia humana será que os seres humanos são biologicamente programados para ajudar no máximo a si próprio, familiares e amigos próximos como forma de evolução primitiva mas que seria prejudicial em termos práticos e coletivos. Com base no avanço de todas ciências humanas e exatas não haveria uma forma mais inteligente de alocar os recursos escassos da economia. Será que a escassez que existe na economia ela é realmente natural ou é algo meio forçado? Pois alguns autores dizem que há dinheiro e riquezas suficientes sendo produzidos na atualidade e seria só uma questão de ter algo melhor para distribuição delas. O que acha desta questão?

A questão da desigualdade social é complexa e envolve diversas variáveis, incluindo fatores históricos, culturais, políticos e econômicos. É verdade que a psicologia humana pode influenciar o comportamento econômico, levando as pessoas a buscar maximizar seus próprios interesses e os de seus grupos próximos, em detrimento do coletivo. No entanto, isso não significa que as pessoas sejam incapazes de cooperar e trabalhar em conjunto para alcançar objetivos comuns.

A alocação de recursos escassos na economia é um desafio constante, e a escassez é um fato natural na medida em que os recursos são finitos e as necessidades humanas são ilimitadas. No entanto, a maneira como os recursos são distribuídos e alocados pode ser influenciada por fatores políticos, sociais e culturais, além de fatores econômicos.

Alguns autores argumentam que a desigualdade social e econômica é resultado de escolhas políticas e econômicas que privilegiam determinados grupos em detrimento de outros. Essas escolhas podem incluir políticas fiscais que favorecem os mais ricos, políticas de regulação que beneficiam as grandes empresas em detrimento das pequenas, políticas trabalhistas que permitem a exploração dos trabalhadores, entre outras.

Nesse sentido, é possível que a escassez na economia seja em parte forçada, no sentido de que as escolhas políticas e econômicas podem contribuir para perpetuar a desigualdade e a exclusão social. No entanto, é importante lembrar que a economia não é uma ciência exata, e que a alocação de recursos escassos envolve decisões complexas que muitas vezes envolvem trade-offs e escolhas difíceis.

Dessa forma, é importante buscar soluções que promovam a justiça social e a equidade, levando em consideração as diferentes perspectivas e interesses envolvidos. Isso envolve uma abordagem multidisciplinar, que leva em consideração não apenas as ciências econômicas, mas também outras áreas do conhecimento, como a sociologia, a psicologia, a política e a ética.






          Montagens que amigos fizeram quando comentei sobre o tema
                             (Por ser de "direita" (à época) fizeram a brincadeira no Grupo de WhatsApp)